terça-feira, 30 de junho de 2015

Eles se lixam para o povo:A ciência comprova: o governo está cagando pra você.



Você vota no horário marcado. Se esquece de votar, vai no prazo ao Cartório Eleitoral para justificar. Depois das eleições, não mede críticas quando o governo erra e elogios quando ele parece acertar. Faz pressão quando uma lei está parada, milita. Bate no peito e repete o mantra: “Nós colocamos eles lá, nós podemos tirar, nós mandamos neles!”.
Após seguir rigorosamente as regras da democracia, você espera, claro, que a sua opinião e a sua pressão tenha algum efeito sobre o governo, afinal, os políticos devem satisfação a seus eleitores pelo cargo conquistado, não é mesmo?
Não é o que a ciência diz.
Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Princeton e de Northwestern, nos Estados Unidos, demonstra que a opinião pública tem um impacto muito pequeno sobre a política. O impacto é tão pequeno que chega a ser considerado estatisticamente insignificante.
Foi assim: primeiro, os pesquisadores fizeram cerca de 2.000 entrevistas e perguntaram para as pessoas sobre propostas políticas que elas concordavam e que discordavam. Depois, separaram opiniões em comum e classificaram numa escala de 0 a 100 qual a aceitação de cada uma das ideias apresentadas na sociedade.
Essa estatística foi cruzada com 20 anos de dados sobre medidas que foram aprovadas no Congresso do país – que mostrou que a opinião de 90% dos eleitores simplesmente não importava para os políticos. Ideias com aceitação zero tinham 30% de chance de serem aprovadas, enquanto ideias com aprovação próxima dos 100 também tinham uma chance em torno de 30% de passarem.

Mas um grupo, muito bem incluído entre os 10% restantes, chamou a atenção: suas ideias mais fortes tinham 61% de chance de serem aprovadas, enquanto as propostas menos aceitas tinham zero chance de se concretizarem. Estes eram os donos de corporações e grupos da elite do país.
Nos Estados Unidos, os últimos 5 anos foram marcados por grandes doações de campanha política que totalizaram US$ 5,8 bilhões, todas elas vindas de 200 grandes corporações, que receberam US$ 4 trilhões em subsídios do governo – um retorno 750 vezes maior que o “investimento”.
No Brasil não é diferente.
Só na última eleição, apenas os grandes grupos doaram R$ 500 milhões para as campanhas políticas – metade de todo o valor arrecadado. Do outro lado da balança, o BNDES desembolsou, entre 2010 e 2014, um montante total de R$ 529 bilhões só para grandes empresas, boa parte delas envolvidas com a política de forma direta, seja como doadoras de campanhas ou com laços familiares.
Detalhe: com todo esse dinheiro seria possível custear 26 anos de Bolsa Família, dobrar os investimentos em Segurança Pública, construir 37 milhões de salas de aula ou construir 37 mil hospitais, cada um deles com capacidade para atender uma população de 40 mil pessoas.
É um ciclo vicioso: os candidatos que mais recebem dinheiro conseguem os melhores recursos para seus doadores, que enriquecem mais e liberam ainda mais dinheiro na próxima eleição.
E aqui é importante que se frise – independente da proibição ou liberação de doações privadas para campanhas, o governo – justamente por não criar absolutamente nada – precisa manter relações com empresas: seja construtoras para duplicar estradas ou construir aeroportos, seja fornecedores de material escolar ou hospitalar, ou ainda outras tantas empresas necessárias para as inúmeras obras demandadas pelo governo. Como abordamos nessa matéria, todas as evidências indicam que quanto maior for a área de atuação dos governos, maior será a percepção de corrupção pela sociedade. Diminuir a relação dos governos com as grandes empresas não é uma mágica que será feita com a proibição das doações privadas de campanha –  passa essencialmente pela diminuição das atribuições do Estado brasileiro.
“Uma [de nossas conclusões] é o fracasso total da [teoria do] “eleitor médio” e de outras teorias da Democracia Eleitoral Majoritária”, escrevem os pesquisadores. “Quando preferências da elite econômica e a bandeiras de grupos de interesse organizado são controladas, as preferências do americano médio representam apenas um minúsculo impacto sobre as políticas públicas estatisticamente insignificante, próximo de zero.”
Segundo um outro estudo da ONG Represent.US, 91% das vezes, o candidato com mais dinheiro para financiar sua campanha foi o finalista das eleições distritais nos Estados Unidos, o que é mais um indício de que as aspirações dos candidatos estão mais direcionadas ao dinheiro do que ao interesse de seus eleitores – que inconscientemente seguem a trilha da campanha mais bem feita, como já explicamos anteriormente nesse texto.
Todas essas estatísticas se encontram.
Com eleitores que se importam mais com a aparência do candidato e de sua campanha do que de suas propostas, é de se esperar que os políticos com maior financiamento realmente cheguem ao poder, usando os eleitores como escada. Lá em cima, a última coisa que se pode esperar é que ele olhe para baixo e sinta que deve algo para seus eleitores, meras peças descartáveis de um jogo publicitário

fonte: http://spotniks.com/a-ciencia-comprova-o-governo-esta-cagando-pra-voce/

Vergonha da política e políticos deste país:10 fatos absolutamente deprimentes sobre a política brasileira







Política. Você lida com ela todos os dias. Nos jornais, na internet, nas discussões de trabalho, nos descasos dos serviços públicos e essencialmente na hora de pagar os impostos. Mesmo que não goste, mesmo que não entenda, que não se interesse, que não compartilhe qualquer conteúdo ligado a ela, você não tem como escapar das suas garras.
Num país como o nosso, tão calejado pela ideia de que a política é um ente de transformação saudável para a sociedade, não raramente nos decepcionamos, nos indignamos e nos sentimos agredidos com o descaso e o despreparo dos homens públicos – especialmente quando esperamos que as respostas estejam nos partidos, nos políticos, nas regulações, no governo.
Passa ano, entra ano, são obras que nunca chegam, melhorias que pouco avançam, dinheiro que muito some. Em nome de toda essa dor, reunimos dez fatos absolutamente depressivos sobre a política brasileira.
Mas antes de ler, uma dica: um bom psicólogo é indicado ao final da leitura. E já adiantamos: provavelmente não será o bastante.
1) Paulo Maluf já recebeu quase 50 milhões de votos em sua carreira como político.
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Pois é, parece inacreditável imaginar, mas Paulo Maluf já recebeu quase 50 milhões de votos em sua carreira.
Preparou a calculadora? Vamos lá.
Em 1983, Maluf participou de sua primeira eleição direta para o Congresso Federal: recebeu 672.927 votos e foi o deputado mais votado do país. Em 1988, na disputa para a prefeitura de São Paulo, viu a petista Luíza Erundina assumir a vaga – mas, ainda assim, recebeu 1.257.480 votos. No ano seguinte, Maluf arriscou uma candidatura na primeira eleição presidencial desde o golpe militar: ficou em 5º lugar, com 5.986.575 votos. Após a experiência, tentou a disputa para o governo de São Paulo no ano seguinte, mas viu a cadeira ser ocupada por Luís Antônio Fleury Filho, do PMDB – Maluf recebeu 5.872.473 votos no primeiro turno e 4.302.741 votos no segundo. Em 1992, venceu sua primeira eleição direta para a prefeitura de São Paulo, contra o petista Eduardo Suplicy, abocanhando 2.036.776 votos no primeiro turno e 2.805.201 votos no segundo. Em 1998, tentou novamente o governo de São Paulo, mas perdeu a vaga para o tucano Mário Covas – ainda assim, recebeu 5.351.026 votos no primeiro turno e 7.900.598 votos no segundo. Dois anos depois, fracassaria novamente, dessa vez na corrida à prefeitura de São Paulo, para a petista Marta Suplicy – Maluf ganhou 960.581 votos no primeiro turno e 2.303.623 votos no segundo. Em 2002, uma nova derrota, dessa vez para o governo de São Paulo, e sem chance de segundo turno – recebeu 4.190.706 votos e viu Alckmin vencer a disputa no segundo turno contra José Genoíno. Em 2004, mais uma tentativa frustrada na corrida à prefeitura de São Paulo, e mais uma vez Maluf ficou fora do segundo turno – recebeu apenas 734.580 votos. Dois anos depois, se tornou o deputado federal mais votado do país, com 739.827 votos. Em 2008, arriscaria sua última corrida a um cargo executivo, numa nova disputa pela prefeitura de São Paulo – recebeu pífios 376.734 votos, amargando a 4ª colocação. Em 2010, foi eleito deputado federal com 497.203 votos. E em 2014, mesmo com a candidatura indeferida, seus derradeiros 250.281 votos para a mesma vaga de deputado.
Total? Inacreditáveis 46.239.332 votos.
Alguém mais aqui sente um pouco de vergonha por esses números?

2) Gasto anual com corrupção no Brasil poderia comprar 600 milhões de cestas básicas ou construir mais de 14 milhões de salas de aula.

Segundo dados divulgados pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), nossos políticos desviam por ano mais de R$ 200 bilhões.
Não tem noção de quanto é isso tudo? A gente ajuda – o dinheiro seria suficiente para comprar 600 milhões de cestas básicas ou construir mais de 14 milhões de salas de aula.
E o roubo não para. Enquanto você lê esse texto, mais de R$ 380 mil foram desviados (e não adianta tentar proteger a carteira).
3) Nossos governantes já tomaram R$7,83 trilhões em impostos nos últimos 5 anos.
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Na vida só há 2 certezas: morrer e pagar impostos. E por aqui, isso faz mais sentido do que qualquer outra coisa. Apenas nos últimos 5 anos, os brasileiros já mandaram quase R$ 8 trilhões para os governantes em impostos. Foram R$ 1,27 trilhão em 2010, R$ 1,5 trilhão em 2011, R$ 1,56 trilhão em 2012, R$ 1,7 trilhão em 2013 e R$ 1,8 trilhão em 2014. É trilhão que não acaba mais. E sai tudo do nosso bolso.

4) O que o Congresso gasta em um dia pagaria um ano de estudos de 10 mil alunos do ensino médio.
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Um estudo realizado pela ONU em 2013 revelou que, considerando-se a paridade de poder de compra, o custo de cada congressista brasileiro é o segundo mais caro do mundo. Nós perdemos apenas para os Estados Unidos. Mas não se sinta triste com a derrota – ainda estamos na frente de 108 países no ranking.
Segundo os autores da pesquisa, desenvolvida em parceria com a União Interparlamentar dos Estados Unidos, o brasileiro carrega um fardo equivalente a US$ 7,4 milhões todos os anos para cada um dos 594 parlamentares em exercício. Já nos Estados Unidos, país com um uma renda per capita 3,7 vezes maior que a brasileira, cada assento do congresso custa 9,6 milhões de dólares por ano.
Quer saber quanto custa um político no Brasil? Não deixe de ler essa matéria.

5) Nossos 4 ex-presidentes (Sarney, Collor, FHC e Lula) custam R$3 milhões por ano aos brasileiros.

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É, isso mesmo que você leu. Nossos ex-presidentes ainda nos geram gastos. Cada um deles tem direito a 8 assessores, 2 veículos oficiais, seguranças, combustível e outros pagamentos, totalizando gastos estimados entre R$ 500 mil e 760 mil. No total, os quatro ex-presidentes vivos, incluindo o ex-presidente Collor, que renunciou ao cargo sob ameaça de impeachment, somam gastos da ordem dos R$ 3 milhões todos os anos. E essa grana, mais uma vez, sai do nosso bolso.

6) Não basta ter que assistir Levy Fidelix nos debates: também somos obrigados a dar R$431 mil por mês para ele.
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Levy Fidelix, o candidato nanico do PRTB nas últimas eleições presidenciais, provocou uma onda de protestos ao afirmar, durante um debate nas últimas eleições, que os gays precisam de “atendimento psicológico e bem longe da gente” porque, segundo ele, “aparelho excretor não reproduz”. Mas, caso você não seja homofóbico, há um motivo ainda mais forte para se indignar. Todos os brasileiros – até mesmo os gays e os contrários à discriminação sexual – são obrigados a bancar a ação política de Fidelix e de todos os outros partidos brasileiros. Como escreveu Leandro Narloch para a nossa página no ano passado.
“Por causa da fonte segura de recursos, os nanicos se tornaram patrimônios que dificilmente mudam de mãos. Levy fundou o PRTB em 1992 e desde então se mantém como presidente. Quando o “dono” de um partido nanico morre, a propriedade costuma ficar em família. O Partido Republicano Progressista (PRP), por exemplo, foi dirigido por mais de uma década por Dirceu Gonçalves Resende. Com sua morte, em 2003, o partido passou para o filho. O PTN, Partido Trabalhista Nacional, passou do ex-deputado Dorival de Abreu, para seu irmão, José Maschi de Abreu. Pode parecer ridículo, mas ter um partido nanico é um bom negócio no Brasil.”
Em 2014, o PRTB, partido que conta apenas com um único deputado federal, levou a bolada de R$1,321 milhão para a casa. Mas o cenário mudou no início desse ano, quando o governo anunciou um aumento de mais de 600% do repasse do fundo partidário às siglas nanicas. Em 2015, o partido de Fidelix levará R$ 5,176 milhões. E aqui você já deve ter entendido, mas nunca é demais repetir: tudo do nosso bolso.

7) O PSTU dá lucro. Partido fechou 2014 com um superávit de R$65 mil.
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Até o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado, o PSTU, partido do “contra burguês, vote 16″, dá lucro. O partidofechou 2014 com um superávit de R$65.816,95. O PSDB, por outro lado, terminou o ano devendo mais de R$7 milhões.


8) Nós já votamos em massa num rinoceronte, num macaco e num mosquito.




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Nós já elegemos animais. Começou em São Paulo, nos idos de 50, numa época em que a eleição ainda era realizada com cédulas de papel. Como forma de protesto (pois é, parece que a população já andava na bronca com os políticos naquela época), 100 mil eleitores votaram no Rinoceronte Cacareco para vereador de São Paulo, em outubro de 1959. O animal foi o candidato mais votado do pleito (o partido mais votado não chegou a 95 mil votos). Cacareco ganhou destaque na imprensa após ser emprestado por seis meses pelo Rio de Janeiro para a inauguração do Zoológico de São Paulo. Do estrelato às urnas foi um pulo.
Décadas depois, nos idos de 80, o jornal “O Planeta Diário” e a revista “Casseta Popular” – da trupe que fundaria o Casseta & Planeta – lançaram no Zoológico do Rio de Janeiro, a candidatura do chimpanzé Tião à Prefeitura da cidade. Estima-se que o Macaco Tião tenha “recebido” mais de 400 mil dos votos dos eleitores, alcançando o que seria equivalente ao 3º lugar na corrida, de um total de 12 candidatos. O feito colocou Tião no Guinness World Records como o chimpanzé que recebeu o maior número de votos no mundo, todos devidamente anulados pelo TRE.
Ainda nos anos 80, com um surto de dengue na cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, moradores encontraram um jeito irreverente de protestar contra as autoridades: votando em massa num mosquito para o cargo de prefeito. Ao todo, “mosquito” foi escrito por 29.668 eleitores nas cédulas eleitorais – enquanto seus principais adversários, humanos, receberam 26.633 e 19.609 votos, respectivamente. Todos os votos para o mosquito também foram anulados. De qualquer forma, com um tempo de vida médio que não ultrapassa os 45 dias, não haveria a menor possibilidade dele permanecer vivo até a cerimônia de posse.

9) 6 em cada 10 senadores brasileiros têm parentes na política.
 


Os brasileiros cada vez menos elegem candidatos e cada vez mais coroam dinastias. Segundo um levantamentodivulgado pela organização Transparência Brasil, 49% dos deputados e 60% dos senadores eleitos, em 2014, têm parentes na política. Ou seja, 6 em cada 10 senadores integram de alguma maneira um clã político. O estudo mostra também que entre os novos deputados federais com menos de 35 anos, 85% deles pertencem a famílias que já têm atuação política. Política definitivamente virou negócio de pai pra filho. Como a máfia.

10) Nas eleições de 2012, se fosse possível transformar todos os santinhos fabricados no país daria para produzir mais de 20 milhões de livros, ou mais de 20 bilhões de folhas tamanho A4.





Nas últimas eleições municipais, de 2012, um juiz auxiliar do Tribunal Superior Eleitoral, Paulo de Tarso Tamburini,fez as contas de quanto se gasta com a propaganda eleitoral impressa no Brasil e chegou a uma conclusão acachapante: se fosse possível gastar todo dinheiro investido pelos partidos em propagandas impressas, seria possível produzir mais de 20 milhões de livros ou mais de 20 bilhões de folhas tamanho A4. Ou, ainda, a 417 mil árvores cortadas.
Nas eleições de 2014, só no Rio de Janeiro, a política gerou mais de 350 toneladas de lixo eleitoral.
Com tudo isso, não é possível chegar em outra conclusão: a capacidade para a produção de lixo na política brasileira é realmente inesgotável.

fonte: http://spotniks.com/10-fatos-absolutamente-deprimentes-sobre-a-politica-brasileira/

Verdades que socialistas. comunistas, a esquerda esconde:A fome na Ucrânia, um dos maiores crimes do socialismo foi esquecido

A fome na Ucrânia, resultado das políticas soviéticas, é um dos maiores crimes do Estado socialista, mas foi esquecido (Imagem da internet)
A fome na Ucrânia, resultado das políticas soviéticas, é um dos maiores crimes do Estado socialista, mas foi esquecido (Imagem da internet)
Como ocorre em todos os regimes totalitários, a Rússia bolchevique temia toda e qualquer manifestação de sentimento nacionalista entre aqueles povos que eram reféns do regime. A propaganda bolchevique relativa aos direitos das várias nacionalidades dentro da esfera de influência da Rússia mascarava o temor do regime em relação ao poder do nacionalismo.
No início de 1918, o líder russo Vladimir Ilitch Lênin tentou impor um governo soviético sobre o povo da Ucrânia, o qual, apenas um mês antes, em janeiro, havia declarado sua independência. De início, o objetivo de Lênin havia sido aparentemente alcançado. Esse governo soviético imposto à Ucrânia tentou de imediato suprimir as instituições educacionais e sociais ucranianas; há até relatos sobre a Cheka, uma precursora da KGB, matando pessoas pelo crime de falar ucraniano nas ruas.
Embora o povo ucraniano tenha, ao final de 1918, conseguido restabelecer sua república, essa vitória foi efêmera. Lênin, sem dúvida, iria querer incorporar a Ucrânia ao sistema soviético de qualquer jeito, porém seu real desejo de assegurar o controle da Ucrânia era por causa de seus grandes recursos naturais. Em particular, a Ucrânia ostentava o solo mais fértil da Europa — daí o seu apelido de “o manancial da Europa”.
Já no início de 1919, um governo soviético havia novamente sido estabelecido na Ucrânia. Porém, esse novo governo soviético acabou se tornando mais um fracasso. Todos esses eventos estavam ocorrendo durante a Guerra Civil Russa, e a ajuda de facções rivais contribui para um segundo triunfo da independência ucraniana.
Com esses dois fracassos, o regime de Lênin aprendeu uma valiosa lição. De acordo com Robert Conquest, autor do livro The Harvest of Sorrow (A colheita do sofrimento): “Concluiu-se que a nacionalidade e a língua ucraniana eram de fato um elemento de grande peso, e que o regime que ignorasse isso de maneira ostentosa estaria fadado a ser considerado pela população como uma mera imposição usurpadora.”
Quando os soviéticos adquiriram o controle da Ucrânia pela terceira e última vez em 1920, eles constataram que iriam enfrentar uma contínua resistência e incessantes insurreições a menos que fizessem grandes concessões à autonomia cultural ucraniana. E assim, pela década seguinte, os ucranianos basicamente não foram incomodados em seu idioma e em sua cultura.
Porém, uma facção dos comunistas russos se mostrou incomodada com isso, e seguidamente alertava que o nacionalismo ucraniano era uma fonte de intolerável divisão dentro do quadro militar soviético, e que, mais cedo ou mais tarde, a situação teria de ser confrontada de alguma maneira.
Avancemos agora oito anos no tempo. Em 1928, com Josef Stalin firmemente no poder, a União Soviética decidiu implantar uma política de requisição compulsória de cereais — uma maneira polida de dizer que o governo iria tomar à força todo o cereal cultivado pelos camponeses, pagando em troca um preço fixado arbitrariamente pelo governo, muito abaixo dos custos de produção. A liderança soviética, em decorrência tanto de informações equivocadas quanto de sua típica ignorância dos princípios de mercado, havia se convencido de que o país estava no limiar de uma crise de escassez de cereais. A requisição compulsória funcionou, mas apenas no limitado sentido de que forneceu ao regime todo o volume de cereais que ele julgava ser necessário. Porém, tal política solapou fatalmente a confiança futura dos camponeses no sistema. Durante a Guerra Civil Russa, em 1919, para tentar combater a fome da população urbana, Lênin havia confiscado em escala maciça os cereais de vários camponeses, que foram chamados de especuladores e sabotadores. Agora em 1928, a possibilidade de novos confiscos, algo que os camponeses imaginavam ser apenas uma aberração bárbara da época da Guerra Civil, passaria a ser uma constante ameaça no horizonte.
Os camponeses, naturalmente, passaram a ter menos incentivos para produzir, pois sabiam perfeitamente bem que, dali em diante, os frutos de seu trabalho árduo poderiam ser facilmente confiscados por um regime sem lei — o mesmo regime que havia prometido aos camponeses, quando da promulgação da Nova Política Econômica (NEP) em 1921, que eles poderiam produzir e vender livremente.
Foi apenas uma questão de tempo para que o regime decidisse embarcar num amplo programa de coletivização forçada das propriedades agrícolas, uma vez que a abolição da propriedade privada da terra era um importante aspecto do programa marxista. Os camponeses despejados foram enviados bovinamente para enormes fazendas estatais. Essas fazendas iriam não apenas satisfazer as demandas da ideologia marxista, como também iriam resolver o grande problema prático do regime: garantir que uma quantidade adequada de cereais fosse ofertada às cidades, onde o proletariado soviético trabalhava duramente para expandir a indústria pesada. Fazendas coletivas estatais significavam cereais estatizados.
Alguns especialistas tentaram alertar Stalin de que seus objetivos, tanto industriais quanto agrícolas, eram excessivamente ambiciosos e estavam em total desacordo com a realidade. Mas Stalin não queria ouvir. Um de seus economistas, diga-se de passagem, chegou a afirmar: “Nossa tarefa não é estudar a ciência econômica, mas sim mudá-la. Não estamos restringidos por nenhuma lei. Não reconhecemos leis. Não há uma só fortaleza que os bolcheviques não possam atacar e destruir.”
Paralelamente à política de coletivização forçada implantada por Stalin, ocorreu também uma brutal campanha contra os grandes proprietários de terras, fazendeiros ricos conhecidos como “kulaks“, os quais o governo temia liderarem movimentos de resistência contra a coletivização. Mas era uma fantasia de Stalin imaginar que apenas os kulaks se opunham à coletivização; toda a zona rural estava unida contra o governo. (Até mesmo o jornal Pravda noticiou um incidente no qual uma mulher ucraniana tentou bloquear a passagem de tratores que estavam chegando para começar a trabalhar nas fazendas coletivizadas; ela gritara: “O governo soviético está recriando a escravidão!”)
Stalin falava abertamente de sua política de “liquidar toda a classe dos kulaks”; eles eram a classe inimiga na zona rural. Com o passar do tempo, como era de se esperar, a definição padrão do que constituía um kulak foi se tornando bastante ampla, até chegar ao ponto em que o termo — e as terríveis penalidades que eram aplicadas a todos os infelizes assim rotulados — fosse usado contra qualquer camponês.
Uma historiografia do Partido Comunista, autorizada pelo próprio, afirmava que “os camponeses caçaram impiedosamente os kulaks por toda a terra, tomaram os seus animais e maquinaria, e então pediam ao regime soviético para aprisionar e deportar os kulaks”. Como descrição do reino de terror imposto aos kulaks, esse relato não pode nem sequer ser classificado como uma piada sem graça. O regime, e não os camponeses, é que perseguiu os kulaks. Por fim, segundo testemunhas oculares, para que um homem fosse condenado a um destino cruel, bastava que “ele tivesse pagado algumas pessoas para trabalhar para ele como empregados ou que ele tivesse sido o proprietário de três vacas”.
As quase 20 milhões de propriedades agrícolas familiares que existiam na Rússia em 1929 estariam, cinco anos depois, concentradas em 240 mil fazendas coletivas. Em grande parte da história soviética, não era incomum algumas pessoas obterem permissão para serem donas de alguns poucos hectares de terra para uso privado. Quando Mikhail Gorbachev assumiu o poder em 1985, 2% da terra agrícola era de propriedade privada, mas produzia nada menos que 30% de todo o cereal do país — uma resposta humilhante a todos aqueles que ignorantemente afirmavam que a agricultura socializada seria mais eficiente que a agricultura capitalista, ou que poderiam alterar a natureza humana e reescrever as leis da economia.
Na mesma época em que Stalin começou a coletivização forçada; em 1929, ele também recriou a campanha contra a cultura nacional ucraniana, campanha essa que estava dormente desde o início da década de 1920. Foi na Ucrânia que a política de coletivização stalinista deparou-se com a mais ardorosa e violenta resistência — o que não impediu, entretanto, que o processo já estivesse praticamente completo por volta de 1932. Stalin ainda considerava a contínua e inabalável presença do sentimento nacionalista ucraniano uma permanente ameaça ao regime, e decidiu lidar de uma vez por todas com aquilo que ele via como o problema da ‘lealdade dividida’ na Ucrânia.
A primeira etapa de sua política foi direcionada aos intelectuais e personalidades culturais da Ucrânia, milhares dos quais foram presos e submetidos a julgamentos ridículos e escarnecedores. Após isso, tendo retirado de circulação aquelas pessoas que poderiam se transformar em líderes naturais de qualquer movimento de resistência, Stalin passou então a atacar o próprio campesinato, que era onde estava o real núcleo das tradições ucranianas.
Mesmo com o processo de coletivização já praticamente completo na Ucrânia, Stalin anunciou que a batalha contra os perversos kulaks ainda não estava ganha — os kulaks foram “derrotados, mas ainda não exterminados”. Stalin começaria agora uma guerra — supostamente contra os kulaks — direcionada aos poucos fazendeiros que ainda restavam e dentro das próprias fazendas coletivas. Dado que a essa altura qualquer pessoa podia ser classificada como um kulak já havia sido expulsa, morta ou enviada para campos de trabalho forçado, essa nova etapa da campanha soviética na Ucrânia teria o objetivo de aterrorizar os camponeses comuns. Estes deveriam ser física e espiritualmente quebrados, e sua identidade de seres humanos seria drenada deles à força.
Stalin começou estipulando metas de produção e entrega de cereais, as quais os ucranianos só conseguiriam cumprir caso parassem de se alimentar, o que os faria morrer de fome. O não cumprimento das exigências era considerado um ato de deliberada sabotagem. Após algum tempo, e com a produção e entrega inevitavelmente abaixo da meta, Stalin determinou que seus ativistas confiscassem dos camponeses todo o volume de cereais necessário para o governo satisfazer a meta estipulada. Como a produção era baixa, os camponeses frequentemente ficavam sem nada. O desespero se instalou. Um historiador conta que uma mulher, por simplesmente ter tentado reservar para si um pouco do próprio centeio, foi levada presa junto com um dos filhos. Após conseguir fugir da prisão, ela coletou, com a ajuda do filho, alguns poucos itens comestíveis e foram viver na floresta. Eles morreram um mês e meio depois. As pessoas eram sentenciadas a dez anos de prisão e a trabalhos forçados pelo simples fato de colherem batatas ou por colher espigas de milho nos pedaços de terra privada protegidos pelo Estado. Tudo tinha de ser do governo.
Os ativistas comunistas afirmavam que os sabotadores estavam por todos os lados, sistematicamente retendo e escondendo comida, impedindo o abastecimento das cidades, e desafiando as ordens de Stalin. Esses ativistas invadiam de surpresa as casas dos camponeses e faziam uma varredura no local em busca de qualquer comida escondida. Os ativistas mais bondosos ainda deixavam algum resquício de comida para as famílias, porém os mais cruéis levavam tudo o que encontravam.
O resultado foi totalmente previsível: as pessoas começaram a passar fome em números cada vez maiores. Um camponês que não tivesse a aparência de alguém que estava esfomeado era imediatamente considerado suspeito pelas autoridades soviéticas de estar estocando comida. Como relata um historiador: “Um ativista comunista, após fazer uma busca minuciosa pela casa de um camponês que não aparentava a mesma fome dos demais, finalmente encontrou um pequeno saco de farinha misturada com cascas de árvore e folhas. O material foi confiscado e despejado num lago do vilarejo.”
Robert Conquest cita o testemunho de outro ativista:
“Eu ouvi as crianças… engasgando sufocadas, tossindo e gritando de dor e de fome. Era doloroso ver e ouvir tudo aquilo. E ainda pior era participar de tudo aquilo… Mas eu consegui me persuadir, me convencer e explicar a mim mesmo que aquilo era necessário. Eu não poderia ceder; não poderia me entregar a uma compaixão debilitante… Estávamos efetuando nosso dever revolucionário. Estávamos obtendo cereais para a nossa pátria socialista…”
“Nosso objetivo maior era o triunfo universal do comunismo e em prol desse objetivo tudo era permissível — mentir, enganar, roubar, destruir centenas de milhares e até mesmo milhões de pessoas…”
“Era assim que eu e meus companheiros raciocinávamos, mesmo quando… eu vi o real significado da ‘coletivização total’ — como eles aniquilaram os kulaks, como eles impiedosamente arrancaram as roupas dos camponeses no inverno de 1932-33. Eu mesmo participei disso, percorrendo a zona rural, procurando por cereais escondidos… Junto com meus companheiros, esvaziei as caixas e os baús onde as pessoas guardavam seus alimentos, tampando meus ouvidos para não ouvir o choro das crianças e a lamúria suplicante das mulheres. Eu estava convencido de que estava realizando a grande e necessária transformação da zona rural; e que nos dias vindouros as pessoas que viveriam ali estariam em melhor situação por minha causa.”
“Na terrível primavera de 1933, vi pessoas literalmente morrendo de fome. Vi mulheres e crianças com barrigas inchadas, ficando azuis, ainda respirando, mas com um olhar vago e sem vida… Eu não perdi a minha fé. Assim como antes, eu acreditava porque eu queria acreditar.”
Em 1933, Stalin estipulou uma nova meta de produção e coleta, que deveria ser cumprida por uma Ucrânia que estava agora à beira da mortandade em massa por causa da fome que começou em março daquele ano. Vou poupar o leitor das descrições mais gráficas do que aconteceu a partir daqui. Mas os cadáveresestavam por todos os lados, e o forte odor da morte pairava pesadamente no ar. Casos de insanidade, e até mesmo de canibalismo, estão bem documentados. As diferentes famílias camponesas reagiam de maneiras distintas à medida que lentamente iam morrendo de fome:
“Numa choupana, era comum haver algum tipo de conflito na família. Todos vigiavam estritamente uns aos outros. As pessoas brigavam por migalhas, tomando restos de comida umas das outras. A esposa se voltava contra o marido e o marido contra ela. A mãe odiava os filhos. Já em outra choupana, o amor permaneceria inviolável até o último suspiro da família. Eu conheci uma mulher que tinha quatro filhos. Ela costumava lhes contar lendas e contos de fadas com a intenção de fazê-los esquecer da fome. Sua própria língua mal podia se mover, mas mesmo assim ela se esforçava para colocá-los em seus braços, ainda que ela mal tivesse forças para levantar seus braços quando eles estavam vazios. O amor vivia dentro dela. E as pessoas notaram que, onde havia ódio, as pessoas morriam mais rapidamente. Entretanto, o amor não salvou ninguém. Todo o vilarejo sucumbiu; todos juntos, sem exceção. Não restou uma só vida.”
Normalmente é dito que o número de ucranianos mortos na fome de 1932-33 foi de cinco milhões. De acordo com Robert Conquest, se acrescentarmos outras catástrofes ocorridas com camponeses entre 1930 e 1937, incluindo o grande número de deportações dos supostos “kulaks”, o total chega a estonteantes 14,5 milhões de mortes. E, mesmo assim, se apenas 1% dos alunos do ensino médio tiverem ouvido falar desses eventos, isso já seria um pequeno milagre.
No artigo, referi-me várias vezes a Robert Conquest, um excelente historiador da União Soviética. Convido e reforço que qualquer pessoa interessada nesses eventos leia seu extraordinário livro The Harvest of Sorrow. A leitura flui como se fosse um romance, mas a história relatada é cruamente real.

fonte: https://www.epochtimes.com.br/fome-ucrania-crime-socialismo-esquecido/#.VZMV8BtVhUZ

Na mira da PF, Pimentel apura vazamentos. E constrange Cardozo


o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel
Governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT)(Valter Campanato/Agência Brasil/VEJA)














Pedido coloca ministro da Justiça, já em processo de fritura no partido, em nova saia-justa: ele teme ser acusado de agir sob pressão do PT

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), orientou seus advogados a pedirem abertura de investigação sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Acrônimo, da Polícia Federal (PF). Segundo disseram fontes do governo mineiro ao jornal O Estado de S. Paulo, o pedido deve ser formalizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), foro responsável por processos contra governadores, mas o alvo é mesmo a PF.
O pedido coloca numa saia-justa o titular da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF é subordinada. Na semana passada, a Executiva Nacional do PT aprovou convite para o ministro explicar ao partido as ações da PF nas Operações Acrônimo e Lava Jato. Segundo pessoas próximas ao ministro, Cardozo está disposto a instaurar a investigação sobre o vazamento na Acrônimo, mas teme o desgaste político de ser acusado de agir sob pressão do partido, por causa do convite feito pelo PT.

Fontes do ministério lembram que Cardozo nunca se negou a investigar supostos abusos da PF e chegou a instaurar um procedimento em relação ao vazamento de peças do inquérito que apura a formação de cartel no metrô de São Paulo a pedido de tucanos, em agosto de 2013.
Agora, o ministro, que já é alvo de fritura por parte do PT e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por 'não controlar as investigações da Polícia Federal contra o partido', deve entrar também na linha de tiro da oposição - que poderá acusá-lo de pressionar a PF.
A Operação Acrônimo investiga indícios de caixa dois na campanha que elegeu Pimentel no ano passado. A primeira-dama de Minas, Carolina Oliveira, é uma das investigadas.
(Com Estadão Conteúdo)