domingo, 10 de novembro de 2013

Exclusivo do Congresso em Foco- Os Super Salários do Senado


Veja a lista completa dos 464 servidores do Senado que, de acordo com auditoria do TCU, desde 2009 ganham além do teto do funcionalismo, o equivalente ao salário de um ministro do Supremo. Maior salário já era de quase R$ 46 mil por mês


Em agosto de 2009, um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) ganhava R$ 24.500,00. À época, o Tribunal de Contas da União identificou a existência de nada menos que 464 servidores do Senado que mensalmente recebiam vencimentos que ultrapassavam esse valor. O salário dos ministros do STF é determinado na Constituição como o teto salarial do funcionalismo. Em tese, ninguém poderia ganhar mais do que isso. OCongresso em Foco obteve com exclusividade cópia da auditoria do TCU, e publica agora, nome por nome, quem integra essa elite do Senado, detentora dos supersalários.
Respaldado pela opinião de juristas, como o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcanti, e Fábio Konder Comparato, o Congresso em Foco entende que se trata de informação de interesse público. Afinal, há no momento intensa discussão jurídica em torno do tema. Embora o teto esteja fixado na Constituição, há servidores não apenas no Senado mas em toda a administração pública (nos três poderes) que recebem vencimentos que ultrapassam os salários dos ministros do STF. A auditoria do TCU feita em 2009 é a base para uma ação do Ministério Público que busca impedir essa prática. A partir dessa ação, inicialmente a 9ª Vara Federal de Brasília proibiu o pagamento. Senado e Câmara, porém, entraram com recurso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. E duas decisões opostas foram tomadas recentemente. O presidente do TRF, Olindo Menezes, autorizou o Senado a pagar acima do teto. Logo em seguida, porém, a desembargadora Mônica Sifuentes proibiu a Câmara de fazer o mesmo. A polêmica deverá parar no Supremo, onde, segundo apuração do jornal Folha de São Paulo, a tendência é de proibição dos pagamentos acima do teto.
O relatório de auditoria 629/09 do Tribunal de Contas da União (TCU), ao qual o Congresso em Foco teve acesso, trabalhou sobre os salários pagos no Senado, e identificou 464 servidores que ganhavam além do teto constitucional. Outras auditorias investigaram os demais órgãos da administração pública. No Executivo, por exemplo, estimava a existência de mais de mil supersalários. Na Câmara, a auditoria não foi concluída. No Executivo e no Senado, o prejuízo com o pagamento além do teto soma R$ 307 milhões por ano. No Senado, segundo o anexo 2 do documento, os salários que em 2009 excediam o teto iam de R$ 24.500,47 a até quase R$ 46 mil em um único mês.
O benefício além do teto não é exclusivo de funcionários. Os senadores, incluindo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), também ganham mais que um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), como revelou o Congresso em Foco na quarta-feira (24). Na avaliação do relator da reforma administrativa do Senado, senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), o número de servidores com supersalários hoje pode ser ainda bem maior – ele estima em mais de 700. Dos 464 nomes identificados em 2009 pelo TCU, 130 ingressaram no Senado trabalhando na gráfica e 110, no Centro de Processamento de Dados, o Prodasen.
Quase o dobro
O servidor com a maior remuneração, conforme o levantamento, é o consultor aposentado Osvaldo Maldonado Sanches. Ele continua trabalhando como consultor de orçamentos na Câmara. De acordo com o TCU, seu salário em 2009 era de R$ 22 mil no Senado e de R$ 23.800 na Câmara. Isoladamente, as remunerações não ultrapassaram o teto, mas juntas, chegaram a R$ 45.963,59, quase o dobro do que ganhava um ministro do STF na época.
Sanches escreveu ao Congresso em Foco um texto com seus esclarecimentos, no qual defende a aplicação do teto, mas para todos os agentes públicos, isto é, também para os políticos. Lembra ainda que a Constituição determina que exista “uma clara explicitação de como as normas serão aplicadas para todos e a partir de quando”. Veja a íntegra da resposta de Sanches
Média de R$ 26 mil
O grupo de 464 funcionários capitaneado por Sanches tinha salário médio de R$ 26.327. Entretanto, a metade deles, ou seja 232 servidores, ganhava um pouco menos que isso, entre R$ 24.500 e R$ 25.874.
A cúpula do Senado integra o grupo de servidores com supersalários. Constam da lista a secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra, e a diretora-geral da Casa, Dóris Marize Peixoto. Os antecessores delas também figuram na relação: a ex-secretária geral Sarah Abrahão e os ex-diretores Haroldo Tajra, Alexandre Gazineo e Manoel Vilela. O ex-diretor Agaciel Maia não está nessa lista, mas sim a sua mulher, Sânzia Maia.
Alexandre Gazineo recebeu em agosto de 2009 R$ 24.527,02, apenas R$ 27 a mais que o teto da época. Ele disse ao Congresso em Foco que hoje não recebe mais que um ministro do STF e que os valores foram recompostos aos cofres públicos. “Eu nem isso recebo mais”, afirmou Gazineo. “Isso foi estornado.” Em outras duas ocasiões, ele informou que estourou o limite em no máximo R$ 80, mas também foi feito o abate no salário. Como advogado do Senado, Gazineo preferiu não dar sua opinião particular a respeito da legalidade dos pagamentos feitos pela Casa em oposição aos argumentos do Ministério Público e à auditoria do TCU.
De acordo com o TCU, foram pagos R$ 848 mil indevidamente somente naquele mês de agosto de 2009, valor que corresponde a uma despesa pública anual de cerca de R$ 11 milhões. Como a auditoria detectou outras irregularidades na folha, como pagamento indevido de horas extras, os auditores do tribunal chegam à conclusão de que houve perda anual de R$ 157 milhões no Senado. Auditoria semelhante no Poder Executivo apurou prejuízo de R$ 150 milhões por ano. Na Câmara, os valores ainda são analisados pelo TCU

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Indústria sitiada, por Paulo Guedes

Paulo Guedes, O Globo
A progressiva desindustrialização da economia brasileira resulta de um acúmulo de erros de natureza macroeconômica. O protecionismo do regime militar, no exato momento em que se iniciava uma revolução tecnológica nas áreas de computação, informática e comunicações, foi um desastre histórico.
O subsequente mergulho no caos da hiperinflação, aumentando a incerteza e encurtando os horizontes de investimento, aprofundou o fenômeno de nossa desindustrialização.
E finalmente o erro clássico de expandir os gastos públicos ao longo de décadas de combate à inflação, administrando-se doses equivocadas de políticas fiscal e monetária, condenou ao declínio uma indústria brasileira já diversificada, mas ainda emergente.
O excesso de impostos, os juros estratosféricos e o câmbio sobrevalorizado derrubaram nossa competitividade nos mercados globais.
São bilhões de trabalhadores asiáticos sem encargos sociais e trabalhistas. Os juros estão baixíssimos em todo o mundo, enquanto no Brasil estamos voltando aos dois dígitos. E os impostos excessivos que incidem sobre as empresas reduzem sua lucratividade e a geração de recursos próprios para financiar seus investimentos. Tudo isso retarda dramaticamente o ritmo de acumulação de capital na indústria.
O ex-presidente Juscelino Kubitschek tinha como proposta de governo fazer 50 anos em 5. Pois bem, neste ambiente hostil, nossa indústria precisa de 50 anos para financiar o que deveria investir em 5.
Enquanto isso, com os juros de volta a 10% ao ano comparados com 0,25% anual nos EUA, rentistas fariam 40 anos em apenas 1, se o governo tivesse sucesso em estabilizar o câmbio com vendas maciças de reservas pelo Banco Central.
Mas há também neste início de século uma nova dimensão que induz a desindustrialização progressiva como fenômeno global. As novas tecnologias não apenas tornaram mais eficientes, mas estão reinventando os processos produtivos.
Desde a especificação do produto até sua fabricação com ferramentas digitais de impressão tridimensional e corte a laser, há uma nova revolução tecnológica desindustrializando a economia mundial.
O preocupante é que, diferentemente do Brasil, nos países avançados as velhas indústrias passaram de um terço da economia antes de iniciarem seu recuo.
Mesmo nos Estados Unidos - onde houve enorme transferência de fábricas em busca dos baixos custos asiáticos, e os empregos nas indústrias de manufatura estão no ponto mais baixo dos últimos 100 anos, tanto em termos absolutos quanto em percentagem da população economicamente ativa -, um quarto da economia ainda consiste em produção industrial.
Se por um lado a reinvenção da indústria com as novas tecnologias digitais nos oferece uma extraordinária oportunidade de renovação por meio de um mergulho digital, por outro lado estamos sob a estranha ameaça de sermos desindustrializados antes mesmo de completarmos nosso processo de industrialização.
A formação da classe média ocidental está associada a esse histórico processo de industrialização. A transferência acelerada da população rural para grandes centros urbanos em uma janela comprimida de tempo reedita-se agora na China.
O Brasil já é urbano e industrializado. Mas tem ainda uma classe média emergente. Teremos de reformar o macroambiente e reinventar nossa indústria para criar uma dinâmica de crescimento sustentável.














http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2013/11/04/industria-sitiada-por-paulo-guedes-514093.asp

LULA REVELA: A IMPRENSA FAZ MAL À DEMOCRACIA - MOLUSCO MOSTRA SUA VERDADEIRA FACE DE DITADOR PARA IMPLANTAR O COMUNISMO NO BRASIL

GUILHERME FIUZA /segunda-feira, novembro 04, 2013

Discursando no Senado, em comemoração aos 25 anos de promulgação da Constituição, Lula disse que a imprensa "avacalha a política". E explicou que quem agride a política propõe a ditadura. Parem as máquinas: para o ex-presidente Luiz Inácio da Silva, a imprensa brasileira atenta contra a democracia. É uma acusação grave.

O Brasil não tinha se dado conta de que os jornais, as rádios, a internet e as televisões punham em risco sua vida democrática. Felizmente o país tem um líder atento como Lula, capaz de perceber que os jornalistas brasileiros estão tramando uma ditadura. Espera-se que a denúncia do filho do Brasil e pai do PT tenha acontecido a tempo de evitar o pior.

No mesmo discurso, Lula cobriu José Sarney de elogios. Disse que o senador maranhense, então presidente da República, foi tão importante na Constituinte quanto Ulysses Guimarães. Para Lula, Sarney sim é, ao contrário da imprensa, um herói da democracia.

É compreensível essa afinidade entre os dois ex-presidentes. Sarney e seu filho Fernando armaram a mordaça contra O Estado de S. Paulo. Proibiram o jornal de publicar notícias sobre a investigação da família Sarney por tráfico de influência no Senado, durante o governo do PT. Isso é que é democracia.

A imprensa é mesmo um perigo para a política nacional. Ela acaba de espalhar mais uma coisa horrenda sobre o governo popular - divulgou um relatório do FMI que denuncia a "contabilidade criativa" na tesouraria de Dilma. Contabilidade criativa é uma expressão macia para roubo, já que se trata de fraudar números para esconder dívidas e gastar mais o dinheiro do contribuinte. Assim, a imprensa avacalha a política petista, cassando-lhe o direito democrático de avacalhar as contas públicas.

Lula faz essa declaração no momento em que manifestantes em São Paulo e no Rio de Janeiro, numa epidemia fascista, depredam e incendeiam carros da imprensa, além de agredir jornalistas. Luiz Inácio sabe o que faz. Sabe que suas palavras são gasolina nesse fogo. E não há nada mais democrático do que insuflar vândalos contra a imprensa - já que o método Sarney de mordaça é muito trabalhoso, além de caro.

Do fundo do mar, onde desapareceu há 21 anos, Ulysses Guimarães deve estar quase vindo à tona para tentar entender como Lula conseguiu exaltar a Constituição cidadã e condenar a imprensa num mesmo discurso. Ulysses morreu vendo a imprensa expor os podres de um presidente que seria posto na rua. Ulysses viu a imprensa ressurgir depois do massacre militar contra a liberdade de expressão. Ele mesmo doou parte de sua vida nessa batalha contra o silêncio de chumbo. Ao promulgar a Constituição cidadã, jamais imaginaria que, um quarto de século depois, um ex-oprimido descobriria que o mal da democracia é a imprensa. E estimularia jovens boçais a fazer o que os tanques faziam contra essa praga do jornalismo.

Lula saiu de seu discurso no Senado e foi almoçar com Collor - cujo governo democraticamente conduzido pelo esquema PC também foi avacalhado pelos jornalistas.

A união entre Lula e Collor é uma das garantias do Brasil contra a ditadura da imprensa, essa entidade truculenta e abelhuda. E o país se tranquiliza ainda mais ao saber que Lula e Collor estão unidos a Sarney. Com esse trio, a democracia brasileira está a salvo.

Chegará o dia em que a televisão e o rádio servirão apenas aos pronunciamentos de Dilma Rousseff em nome de seus padrinhos, poupando os brasileiros de assuntos ditatoriais como mensalão, contabilidade criativa, tráfico de influência, Rosemary Noronha e outras avacalhações.

Infelizmente Collor se atrasou e não pôde comparecer ao almoço. Lula pôde celebrar seu discurso com outros democratas, como o seu anfitrião, o senador Gim Argello (PTB-DF) - a quem a imprensa golpista também vive avacalhando, só porque ele responde a vários processos e a inquérito no STF por apropriação indébita, peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Com a mídia avacalhando a política desse jeito, não dá nem para almoçar em paz com um amigo do peito.

A Argentina e a Venezuela, que Lula e o PT exaltam como exemplos de democracia, já conseguiram domesticar boa parte da imprensa. Com a reeleição de Dilma, o Brasil chega lá


FONTE: http://portal.pps.org.br/portal/showData/258094

A manipulação da informação - A Mídia a serviço do Governo por isso querem calar a Internet

Enquanto esperamos pelo pior na economia, o governo trabalha para que o povo continue acreditando neles, confiando que mais da metade da população é conservadora. Espera que as pessoas mantenha-os no poder por medo de trocar como aconteceu com o recente caso Collor. Não existe uma oposição organizada, e os partidos ditos de oposição vivem na esperança do povo rejeitar de vez o PT e o PMDB. 

Quando estive no FORO de São Paulo vi eles combinarem este jornal sua tiragem é de 15 mil por cidade, e o jornal já está na rua e eles continuam repetindo que são a favor do povo, e que o grande inimigo são as elites.
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Veja que nos créditos ninguém apresenta um registro de jornalista o que é proibido por Lei, a Lei determina que qualquer um pode ser jornalista, mas o editor tem que ter registro.
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Mas isso não é o problema, o problema está no modo de como as notícias são divulgadas, vejam e leiam.

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No caso do Marco Civil devemos agradecer muito a sorte, e ao Instituto OCC Alerta Brasil, uma vez que ao contrário do noticiado neste jornal não houve lobby das teles, mas sim o medo das manifestações voltarem caso o Marco Civil fosse aprovado.

 A sorte, eu distribui notícia sobre como vai ser a censura com o Marco Civil, depois ao ver que a votação seria na terça o Instituto OCC Alerta Brasil dois dias antes convocou a internet para a população ligar para Brasília cobrando de seu Deputado o voto contra o Marco Civil. Depois que se desistiu de votar o Marco Civil no dia 30 a AVAAZ distribuiu um abaixo assinado para depois dizer que foi através deles que os deputados não votaram o Marco Civil. 

Em resumo o governo continua controlando as informações, e nós que enxergamos tudo estamos assistindo de braços cruzados. O Jornal acima foi obtido na sua distribuição gratuita na Central do Brasil aqui no Rio.

Só que não é só esse jornal quando estive em Brasília veja este jornal que trás uma notícia antes de acontecer. A edição é de quarta feira cedo.
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Na parte interna o jornal publica como certa uma votação que foi adiada de terça para quarta sobre o programa mais médicos, a votação só foi concluída na quarta feira de madrugada. O jornal fala sobre o adiamento, mas o sub titulo parece que tudo já está aprovado.
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Até quando vamos ter uma oposição silenciosa a tudo??????????
Carlos Senna Jr MTB JP 32447/RJ

domingo, 3 de novembro de 2013

"Temos censura que não tivemos nem na ditadura" (Antonio Fagundes)

"Temos censura que não tivemos nem na ditadura"

Antonio Fagundes
"Temos censura que não tivemos nem na ditadura"

O ator diz que a produção cultural do País sofre censura econômica exercida pelo governo e pelos gerentes de marketing das empresas que determinam o que vai ou não ser levado ao público

por Wilson Aquino

ELEIÇÕES
“Eu esperava que o PT fosse um partido íntegro
e não que abrisse outros caminhos de roubo”
Na portaria do Projac, estúdios de gravação da Rede Globo, no Rio de Janeiro, o funcionário alerta: “Antonio Fagundes? Olha, ele é muito pontual.” Nos bastidores, a fama do ator é outra, talvez porque cumprir horários seja algo pouco comum no País. Fagundes, porém, começou a entrevista na hora marcada e, simpático, discorreu sobre vários assuntos, como eleições, política cultural e preconceito. Aos 64 anos, esse carioca que se mudou para São Paulo aos 8 anos até hoje se divide entre as duas cidades. No Rio, encarna o médico machista César Khoury, da novela “Amor à Vida”. Fagundes deu uma virada na trama e seu personagem, que deveria morrer no meio, será mantido até o capítulo final. Em São Paulo, dedica-se ao teatro nos fins de semana.

"Política no Brasil é uma zona. O Serra está querendo ir para
outro partido; é um absurdo. Ele mudou de ideologia?”


“Na era da comunicação, estamos vivendo num mundo
surdo. Nem voz se ouve. Não tenho computador. Sou
um analfabyte. E isso é uma opção ideológica"


ISTOÉ -
O sr. sempre defendeu a necessidade de as pessoas terem participação política. Já tem candidato para 2014?

ANTONIO FAGUNDES -
Sempre dei meu apoio para a turma do PT. Enquanto estava no Legislativo, tudo bem. Quando botaram a mão na grana, começou a acontecer, infelizmente, o que acontece com todos os outros partidos. É uma pena que o PT tenha entrado nisso, era realmente uma possibilidade de mudar a cara do País. Eu esperava um partido íntegro, que tivesse um sentido de ética muito forte e que impedisse as pessoas de roubar, e não que abrisse outros caminhos de roubo. Então agora vou ter que rever. A perspectiva não é muito boa, mas sei que democracia é entre os males o menor. Vamos ver quem é que pode fazer menos mal ao País.

ISTOÉ -
Aposta em novos partidos?

ANTONIO FAGUNDES -
Você tem 30 e tantos partidos e não sabe o que eles pensam, de onde vieram. Sabe que são sustentados pela venda de votos e do espaço a que têm direito na televisão. O (José) Serra (PSDB) já está querendo ir para outro partido; é um absurdo. Se o cara está saindo de um partido e indo para outro, ele mudou de ideologia? Porque o certo é cada partido ter sua ideologia, uma forma de resolver os problemas que a sociedade apresenta. Mas política no Brasil é uma zona, tem alguns partidos e alguns políticos que, pelo menos, deveriam ter vergonha na cara. Serra, me desculpe, mas fique quietinho no seu partido...

ISTOÉ -
As recentes manifestações populares podem mudar nossos políticos?

ANTONIO FAGUNDES -
Os governantes fizeram uma coisinha aqui, outra ali, voltaram atrás em uma leizinha e acabou? Não, não. O imposto eu pago e tem um cidadão lá no Congresso que deve cuidar das coisas em meu nome. Isso é representatividade. Se por acaso esse cidadão vai lá e rouba o meu dinheiro, tenho que tirar esse cara de lá e botar outro. Não sou obrigado a aceitar o (deputado federal Paulo) Maluf, por exemplo, como meu representante.

ISTOÉ -
Mas eles foram eleitos direta e democraticamente.

ANTONIO FAGUNDES -
Não sei se nós votamos mal ou se o sistema eleitoral é muito malfeito e nos encaminha para isso. Ver o (senador José) Sarney no poder há tantos anos é um contrassenso. Ele mudou o título para o Amapá para se eleger. É uma vergonha ele ser eleito pelo Amapá.

ISTOÉ -
A peça que o sr. vai estrear fala de uma família disfuncional. Que paralelos vê com o mundo de hoje?

ANTONIO FAGUNDES -
A peça se chama “Tribos” e fala um pouco sobre preconceito, de como o mundo está surdo. Essa peça é de uma família disfuncional, meio louca, de pais intelectuais que têm um filho surdo, mas decide que ele não deve ser considerado surdo. Até que ele conhece uma menina que sabe a língua dos sinais e começam a aparecer os preconceitos. É muito interessante porque estamos vivendo num mundo surdo mesmo.

ISTOÉ -
Mas essa não é a era da comunicação?

ANTONIO FAGUNDES -
É. Mas na era da comunicação as pessoas estão se excluindo porque elas estão em tribos, separadas e surdas. Porque nem a voz mais você ouve. Eu não tenho computador. Eu sou um analfabyte. E isso é uma opção ideológica. Lembro sempre dos criadores de cavalo quando o automóvel foi inventado. Para eles foi o fim do mundo, mas era o futuro. O cavalo que se dane. Então, é inevitável que daqui a alguns anos não tenha mais livro físico. Mas espero que demore muito porque eu gosto do livro de papel.

ISTOÉ -
Tem página no Facebook?

ANTONIO FAGUNDES -
Não. As pessoas falam: “Como é que você consegue?” A internet é o maior exemplo de exibicionismo da humanidade. Só que vai chegar uma hora em que as pessoas vão se sentir angustiadas, porque precisam da privacidade. A gente jogou a privacidade no lixo. Em troca do quê?

ISTOÉ -
O que acha das leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet?

ANTONIO FAGUNDES -
Estamos vivendo um momento delicado com a Lei Rouanet. Muita gente vai cair em cima de mim por causa disso, mas essas leis de incentivo são improdutivas. Uma lei cultural deve financiar o estímulo à cultura, o aumento de pessoas com acesso a isso. E não é o que está acontecendo, porque o governo deixou de decidir quem merece ou quem não merece, quem estimula e quem não estimula. Agora, são os gerentes de marketing que determinam a política cultural do País, mesmo sem entender nada de teatro. Quando o governo passou isso para as mãos de gerentes de marketing, tirou o seu da reta. E nesse processo temos duas censuras, que não tivemos nem na época da ditadura

ISTOÉ -
Que censuras?

ANTONIO FAGUNDES -
Censuras econômicas: uma delas é do governo dizendo se você pode ou não captar, porque eles recebem 20 mil projetos por ano e aprovam dois mil. Mas não sabemos o critério de aprovação. A outra censura é a do gerente de marketing, porque se ele disser que não, você não monta seu espetáculo. Então você vê espetáculos que seriam importantes de serem montados, mas não são, e espetáculos que não têm tanto valor sendo montados.

ISTOÉ -
Não se consegue montar espetáculo sem patrocínio?

ANTONIO FAGUNDES -
Atualmente, somente com patrocínio. Ninguém mais consegue se manter apenas com a bilheteria. Os custos subiram tanto que você pode cobrar o ingresso que quiser que não se mantém. Tanto que os espetáculos não ficam mais de dois meses em cartaz, a não ser aqueles que têm um aporte contínuo de patrocínio. Nos meus 47 anos de profissão, tive três patrocínios. Sempre acreditei que enquanto tivesse público continuaria em cartaz. Hoje em dia não interessa mais isso, você pode lotar que vai ter de sair dois meses depois. E, nesse círculo perverso, os teatros não alugam o espaço mais do que dois meses. Eu diria que, assim como o livro, o teatro está acabando.

ISTOÉ -
O cinema está na mesma situação?

ANTONIO FAGUNDES -
Hoje em dia, nenhum filme brasileiro se paga, nem o que teve dez milhões de espectadores. E 90% dos filmes brasileiros têm menos de 20 mil espectadores. E menos de 20 mil não são 19 mil, são 500, 600, 1,2 mil pessoas. A gente ouve falar que determinado filme teve mais de um milhão de espectadores. Mas são apenas uns quatro que conseguem e nós fazemos 100 longas por ano. Na última pesquisa que vi, tinha uma fila de 200 filmes na prateleira porque não conseguiam sala para exibição, embora o Brasil tenha 2,5 mil salas. Competimos com cinema americano, francês, alemão, etc.

ISTOÉ -
Para muitos, César, seu personagem em “Amor à Vida” (César Khoury), é um vilão. Para outros, ele é um típico cidadão brasileiro. O que o sr. acha?

ANTONIO FAGUNDES -
O César é um cara eticamente inabalável, tem as convicções dele no hospital, e é íntegro. Mas tem amante, é homofóbico convicto e já fez umas cagadas no passado. Isso faz você pensar na complexidade do ser humano. O Walcyr (Carrasco, autor da novela) tem essa característica que acho ótima: foge do maniqueísmo, da caricatura do bom e do mau. Isso dá profundidade, humanidade para os personagens e confunde o público, de certa forma. Mas ter uma surpresinha é sempre bom.


ISTOÉ -
Muita gente se identifica com o César?

ANTONIO FAGUNDES -
Isso é surpreendente. Uma pesquisa mostrou que 50% das pessoas se identificam com ele. Deve ter homossexual homofóbico também, o que aparentemente pode ser um contrassenso, mas não é. Tem pessoas que são preconceituosas com a própria classe, a própria tribo. Mas essa reação do público mostra que o tema merece discussão mesmo. A gente sempre ouve falar de homofobia e imagina aquelas cenas horríveis, dos caras batendo em homossexual. Mas a homofobia pode ser mais violenta ainda sem levantar a mão. Acho que o Walcyr foi muito feliz e muito corajoso nessa abordagem.


ISTOÉ -
Qual é a sua opinião sobre homossexualidade?

ANTONIO FAGUNDES -
Acho que a opção sexual é como ser vegetariano. Foro íntimo. Esse negócio de mandar as pessoas saírem do armário é questionável. Por que a pessoa tem que sair do armário? Não precisa! Ela faz o que quiser na vida íntima, não é obrigada a abrir sua intimidade. A cobrança acaba sendo outro tipo de preconceito. Agora, aqueles que saíram têm que ser respeitados. A verdadeira ausência de preconceito é respeitar tudo.

"Temos censura que não tivemos nem na ditadura" (Antonio Fagundes)

"Temos censura que não tivemos nem na ditadura"

Antonio Fagundes
"Temos censura que não tivemos nem na ditadura"

O ator diz que a produção cultural do País sofre censura econômica exercida pelo governo e pelos gerentes de marketing das empresas que determinam o que vai ou não ser levado ao público

por Wilson Aquino

ELEIÇÕES
“Eu esperava que o PT fosse um partido íntegro
e não que abrisse outros caminhos de roubo”
Na portaria do Projac, estúdios de gravação da Rede Globo, no Rio de Janeiro, o funcionário alerta: “Antonio Fagundes? Olha, ele é muito pontual.” Nos bastidores, a fama do ator é outra, talvez porque cumprir horários seja algo pouco comum no País. Fagundes, porém, começou a entrevista na hora marcada e, simpático, discorreu sobre vários assuntos, como eleições, política cultural e preconceito. Aos 64 anos, esse carioca que se mudou para São Paulo aos 8 anos até hoje se divide entre as duas cidades. No Rio, encarna o médico machista César Khoury, da novela “Amor à Vida”. Fagundes deu uma virada na trama e seu personagem, que deveria morrer no meio, será mantido até o capítulo final. Em São Paulo, dedica-se ao teatro nos fins de semana.

"Política no Brasil é uma zona. O Serra está querendo ir para
outro partido; é um absurdo. Ele mudou de ideologia?”


“Na era da comunicação, estamos vivendo num mundo
surdo. Nem voz se ouve. Não tenho computador. Sou
um analfabyte. E isso é uma opção ideológica"


ISTOÉ -
O sr. sempre defendeu a necessidade de as pessoas terem participação política. Já tem candidato para 2014?

ANTONIO FAGUNDES -
Sempre dei meu apoio para a turma do PT. Enquanto estava no Legislativo, tudo bem. Quando botaram a mão na grana, começou a acontecer, infelizmente, o que acontece com todos os outros partidos. É uma pena que o PT tenha entrado nisso, era realmente uma possibilidade de mudar a cara do País. Eu esperava um partido íntegro, que tivesse um sentido de ética muito forte e que impedisse as pessoas de roubar, e não que abrisse outros caminhos de roubo. Então agora vou ter que rever. A perspectiva não é muito boa, mas sei que democracia é entre os males o menor. Vamos ver quem é que pode fazer menos mal ao País.

ISTOÉ -
Aposta em novos partidos?

ANTONIO FAGUNDES -
Você tem 30 e tantos partidos e não sabe o que eles pensam, de onde vieram. Sabe que são sustentados pela venda de votos e do espaço a que têm direito na televisão. O (José) Serra (PSDB) já está querendo ir para outro partido; é um absurdo. Se o cara está saindo de um partido e indo para outro, ele mudou de ideologia? Porque o certo é cada partido ter sua ideologia, uma forma de resolver os problemas que a sociedade apresenta. Mas política no Brasil é uma zona, tem alguns partidos e alguns políticos que, pelo menos, deveriam ter vergonha na cara. Serra, me desculpe, mas fique quietinho no seu partido...

ISTOÉ -
As recentes manifestações populares podem mudar nossos políticos?

ANTONIO FAGUNDES -
Os governantes fizeram uma coisinha aqui, outra ali, voltaram atrás em uma leizinha e acabou? Não, não. O imposto eu pago e tem um cidadão lá no Congresso que deve cuidar das coisas em meu nome. Isso é representatividade. Se por acaso esse cidadão vai lá e rouba o meu dinheiro, tenho que tirar esse cara de lá e botar outro. Não sou obrigado a aceitar o (deputado federal Paulo) Maluf, por exemplo, como meu representante.

ISTOÉ -
Mas eles foram eleitos direta e democraticamente.

ANTONIO FAGUNDES -
Não sei se nós votamos mal ou se o sistema eleitoral é muito malfeito e nos encaminha para isso. Ver o (senador José) Sarney no poder há tantos anos é um contrassenso. Ele mudou o título para o Amapá para se eleger. É uma vergonha ele ser eleito pelo Amapá.

ISTOÉ -
A peça que o sr. vai estrear fala de uma família disfuncional. Que paralelos vê com o mundo de hoje?

ANTONIO FAGUNDES -
A peça se chama “Tribos” e fala um pouco sobre preconceito, de como o mundo está surdo. Essa peça é de uma família disfuncional, meio louca, de pais intelectuais que têm um filho surdo, mas decide que ele não deve ser considerado surdo. Até que ele conhece uma menina que sabe a língua dos sinais e começam a aparecer os preconceitos. É muito interessante porque estamos vivendo num mundo surdo mesmo.

ISTOÉ -
Mas essa não é a era da comunicação?

ANTONIO FAGUNDES -
É. Mas na era da comunicação as pessoas estão se excluindo porque elas estão em tribos, separadas e surdas. Porque nem a voz mais você ouve. Eu não tenho computador. Eu sou um analfabyte. E isso é uma opção ideológica. Lembro sempre dos criadores de cavalo quando o automóvel foi inventado. Para eles foi o fim do mundo, mas era o futuro. O cavalo que se dane. Então, é inevitável que daqui a alguns anos não tenha mais livro físico. Mas espero que demore muito porque eu gosto do livro de papel.

ISTOÉ -
Tem página no Facebook?

ANTONIO FAGUNDES -
Não. As pessoas falam: “Como é que você consegue?” A internet é o maior exemplo de exibicionismo da humanidade. Só que vai chegar uma hora em que as pessoas vão se sentir angustiadas, porque precisam da privacidade. A gente jogou a privacidade no lixo. Em troca do quê?

ISTOÉ -
O que acha das leis de incentivo à cultura, como a Lei Rouanet?

ANTONIO FAGUNDES -
Estamos vivendo um momento delicado com a Lei Rouanet. Muita gente vai cair em cima de mim por causa disso, mas essas leis de incentivo são improdutivas. Uma lei cultural deve financiar o estímulo à cultura, o aumento de pessoas com acesso a isso. E não é o que está acontecendo, porque o governo deixou de decidir quem merece ou quem não merece, quem estimula e quem não estimula. Agora, são os gerentes de marketing que determinam a política cultural do País, mesmo sem entender nada de teatro. Quando o governo passou isso para as mãos de gerentes de marketing, tirou o seu da reta. E nesse processo temos duas censuras, que não tivemos nem na época da ditadura

ISTOÉ -
Que censuras?

ANTONIO FAGUNDES -
Censuras econômicas: uma delas é do governo dizendo se você pode ou não captar, porque eles recebem 20 mil projetos por ano e aprovam dois mil. Mas não sabemos o critério de aprovação. A outra censura é a do gerente de marketing, porque se ele disser que não, você não monta seu espetáculo. Então você vê espetáculos que seriam importantes de serem montados, mas não são, e espetáculos que não têm tanto valor sendo montados.

ISTOÉ -
Não se consegue montar espetáculo sem patrocínio?

ANTONIO FAGUNDES -
Atualmente, somente com patrocínio. Ninguém mais consegue se manter apenas com a bilheteria. Os custos subiram tanto que você pode cobrar o ingresso que quiser que não se mantém. Tanto que os espetáculos não ficam mais de dois meses em cartaz, a não ser aqueles que têm um aporte contínuo de patrocínio. Nos meus 47 anos de profissão, tive três patrocínios. Sempre acreditei que enquanto tivesse público continuaria em cartaz. Hoje em dia não interessa mais isso, você pode lotar que vai ter de sair dois meses depois. E, nesse círculo perverso, os teatros não alugam o espaço mais do que dois meses. Eu diria que, assim como o livro, o teatro está acabando.

ISTOÉ -
O cinema está na mesma situação?

ANTONIO FAGUNDES -
Hoje em dia, nenhum filme brasileiro se paga, nem o que teve dez milhões de espectadores. E 90% dos filmes brasileiros têm menos de 20 mil espectadores. E menos de 20 mil não são 19 mil, são 500, 600, 1,2 mil pessoas. A gente ouve falar que determinado filme teve mais de um milhão de espectadores. Mas são apenas uns quatro que conseguem e nós fazemos 100 longas por ano. Na última pesquisa que vi, tinha uma fila de 200 filmes na prateleira porque não conseguiam sala para exibição, embora o Brasil tenha 2,5 mil salas. Competimos com cinema americano, francês, alemão, etc.

ISTOÉ -
Para muitos, César, seu personagem em “Amor à Vida” (César Khoury), é um vilão. Para outros, ele é um típico cidadão brasileiro. O que o sr. acha?

ANTONIO FAGUNDES -
O César é um cara eticamente inabalável, tem as convicções dele no hospital, e é íntegro. Mas tem amante, é homofóbico convicto e já fez umas cagadas no passado. Isso faz você pensar na complexidade do ser humano. O Walcyr (Carrasco, autor da novela) tem essa característica que acho ótima: foge do maniqueísmo, da caricatura do bom e do mau. Isso dá profundidade, humanidade para os personagens e confunde o público, de certa forma. Mas ter uma surpresinha é sempre bom.


ISTOÉ -
Muita gente se identifica com o César?

ANTONIO FAGUNDES -
Isso é surpreendente. Uma pesquisa mostrou que 50% das pessoas se identificam com ele. Deve ter homossexual homofóbico também, o que aparentemente pode ser um contrassenso, mas não é. Tem pessoas que são preconceituosas com a própria classe, a própria tribo. Mas essa reação do público mostra que o tema merece discussão mesmo. A gente sempre ouve falar de homofobia e imagina aquelas cenas horríveis, dos caras batendo em homossexual. Mas a homofobia pode ser mais violenta ainda sem levantar a mão. Acho que o Walcyr foi muito feliz e muito corajoso nessa abordagem.


ISTOÉ -
Qual é a sua opinião sobre homossexualidade?

ANTONIO FAGUNDES -
Acho que a opção sexual é como ser vegetariano. Foro íntimo. Esse negócio de mandar as pessoas saírem do armário é questionável. Por que a pessoa tem que sair do armário? Não precisa! Ela faz o que quiser na vida íntima, não é obrigada a abrir sua intimidade. A cobrança acaba sendo outro tipo de preconceito. Agora, aqueles que saíram têm que ser respeitados. A verdadeira ausência de preconceito é respeitar tudo.

SE QUEREM ME PRENDER EU ME ENTREGO, MAS SÓ NO DIA DO V DE VINGANÇA -DECLARAÇÃO DO COVARDE QUE LIDERA OS ATOS DE VANDALISMO DOS BLACK BLOCKS.

    A OCC Alerta Brasil recebeu de um amigo informações e depoimento do suposto líder dos Blacks Blocs, que podem ser lidos no texto a seguir e na imagens feitas através da página da pessoa em questão. obviamente nenhum bandido, criminoso, corrupto nesse país assumem.

    Tirem suas conclusões:


  • SE QUEREM ME PRENDER EU ME ENTREGO,MAS SÓ NO DIA DO V DE VINGANÇA
    Depois de de perseguições da PM, inclusive no estado do Paraná, onde moro; de ser acusado de ser o responsável por quebradeiras em manifestações em São Paulo e Rio de aneiro, a partir de um vídeo postado na internete em que uma piolha tipo pau mandado cita meu nome completo e alimenta ódio contra os BLACK BLOCs e depois de ter sido associado a práticas terroristas envolvendo o porte de dinamites apreendidas pela polícia militar de São Paulo na periferia da cidade de Guarulhos e de ter sido citado como "lider" e poara voz de um grupo anarquista, tendo de socorrer um irmão da luta que teve seu carro metralhado em Mogi das Cruzes, exigindo de nós uma série de provdências de segurança e proteção, recebi - uma série de críticas como se quisesse me projetar como líder dos BLACK BLOCs, o que é - por si só - absurdo já que não existe liderança numa ação que representa uma tática (eficiente) de resistência e luta.
    Embora sejam evidentes as tentativas de criminalização dessa opção de luta e que - por ser anarquista assumido - jamais teria qualquer onteresse em aparecer muito meos como líder, muitos posts e comentários sobre a nota publicada na edição desta semana da revista ÉPOCA (não por acaso num veículo pertencente ao Sistema GLOBO).através de um jornalista amigo - a informação de que a polícia estaria armando mais um pedido de prisão preventiva contra mim.
    O argumento seria o risco que represento, inclusive em função da minha opção ideológica pelo anarquismo.
    Esta quarta feira, 30 de outubro, talvez tenha sido o dia mais tenso e triste dos tempos recentes, pairando sobre mim o risco de prisão por conta do risco que represento em função de assumir abertamente minha missão na mobilização para a OPERAÇÃO 15 DE NOVEMBRO DIA DE FÚRIA. Sinceramente pensei que dessa vez, com tantas acusações, não escaparia. Mas conseguimos que o Ministério Público não despachase o pedido de DENÚNCIA CRIMINAL, marcando para amanhã - às 15 horas - no Fórum Criminal da Barra Funda, uma nova avaliação.
    Desde já reafirmo minhas convicções e defesa dos BLACK BLOCs e dos coletivos anarquistas e declaro que farei de tudo para que não consigam me prender para que possamos avançar rumo à primeira edição do DIA DE FÚRIA que represeta uma ESTRATÉGIA e não uma TÁTICA.
    O sistema tem suas artimanhas, da mesma forma como tentam colocar a população contra os BLACK BLOCs, tentam agora colocar adeptos da tática contra mim para eliminar uma das vozes em sua defesa junto à mídia, no meu caso a internacional, mas isso não intimida ou desestimula e, caso seja inevitável a prisão, estarei a partir de amanhã na condição de FORAGIDO ASSUMIDO me resguardando para só me apresentar na tarde do próximo dia 05 de novembro na sede da Polícia Federal na reguião da Lapa na zona oeste da capital paulista, pois não confio em me entregar à polícia paulista.
    Assim, seja qual forem os desdobramentos, convido todos meus verdadeiros amigos a irem junto comigo até a porta do CALABOUÇO. Será minha contribuição para o dia do V DE VINGANÇA pois prepararei uma surpresa.

    publicado no mural desse sujeito, suposto líder dos Balck Blocs

    https://www.facebook.com/brasilsustentavel?hc_location=stream











Assistam esse vídeo da Isabella Trevisani que denúncia as ameaças de morte sofridas pelos ativistas comunistas, do pt e black blocs. leiam o envolvimento do tal Leonardo cujas próprias palavras menciona  envolvimento com os Black Blocs.








  1. MILÍCIA PARA-MILITAREM METRALHAM CARRO DE ATIVISTA DA DEFENSORIA SOCIAL, NA TENTATIVA DE INTIMIDAÇÃO POR NOSSO APOIO AOS BLACK BLOCS

    Há semanas venho cuidando de questões de segurança pessoal, desde a casa onde moro e tem servido de base para a DEFENSORIA SOCIAL na região sul, localizada na periferia de Curitiba foi invadida por agentes disfarçados do serviço de inteligência da Polícia Militar do Estado do Paraná, situação que vinha se agravando cada vez mais, desde que assumimos a defesa de ativistas agredidos,presos e até torturados por PMs em decorrência das manifestações de protesto que registram a atuação de militantes adeptos da TÁTICA BLACK BLOC.

    Mas o que ocorreu na noite deste domingo, 27 de outubro, confirma a denúncia de que a repressão está além doa atos de protesto, o que se agravou desde a publicação de um vídeo na internet em que uma tal de ISABELLA NÃO SEI O QUE me denunciando pelas ações BLACK BLOCs.

    Defendendo a PM, inclusive destacando ser a favor de que os PMs deveriam nos pegar e até "dar uns tapas". Considerada como uma personagem "POKEMON" cujo vazio e contradições acessíveis pelo link - http://youtu.be/PiynbXcKiVY

    Mas a ocorrência deste domingo comprova certa ligação entre a veiculação do vídeo e agressões ocorridas contra um outro ativista
    citado. Na noite em que eu pousaria numa área rural da região de Mogi das Cruzes em São Paulo, justamente para apurar denúncias de violências
    policiais contra suspeitos de terem participado do espancamento de um ex coronel do Batalhão de Choque da PM paulista, o carro de um militante da DEFENSORIA SOCIAL foi METRALHADO. O detalhe é que a ocorrência se deu na casa onde eu iria pernoitar, o que só não ocorreu devido a problemas com meu deslocamento até a região.

    Em decorrência de situações semelhantes atingindo diversos profissionais de comunicação, está sendo convocada para esta segunda 28, a partir das 18 horas, com concentração na Praça Roosevelt.

    Será um ato/intervenção contra as agressões da Polícia Militar aos jornalistas. A concentração do protesto será na Praça Rossevelt, centro de São Paulo, e partiremos para o prédio da Secretaria de Segurança Pública, localizado na Rua Líbero Badaró, 39.

    https://www.facebook.com/brasilsustentavel?hc_location=stream

    ÓDIO MAIS VISCERAL QUE NUNCA
    Ó NOIS AÍ TRA VEZ

    Estive um pouco foram de circulação, mas ainda não morri, embora isso não demore a acontecer.

    Primeiro eram as horas, fizeram-se dias, alongaram-se por semanas e - mais uma vez - um mx de saúde abalada, ameaçar de repressão e risco de prisão depois de uma ação nossa contra o Governo Alckmin em apoio às populações vítimas de áreas contaminadas, no dia 06 de outubro (PREMIO CONTAMINA SP) em que ficamos NA MÃO e sem contar com um mínimo decente de companheiros e companheiras.

    Embora tivessem confirmado presença parece que gostam mais do cyber ativismo desa porra de facebook, querreiros só na internet. Cheguei até pensar que o melhor seria ter morrido mesmo ou que a alternativa seria o exilio voluntário, mas não, dizem que ERVA DANINHA é ruim de morrer, mas até quando.

    Vi mais de 300 mil pessoas se solidarizando contra a violência contra cachorros, causa que apoio, mas não entendo porque esse mesmo numero de pessoas nada faz em favor de mais de 5 milhões de pobres e miseráveis que vivem em áreas contaminadas por indústrias, governantes corruptos e filhos da puta de toda ordem desse sistema macabro.Pra quem mora em São Paulo, bem mais perto que São Roque, em Carapicuíba mesmo.

    Pra quem mora em Curitiba, no bairro da Caximba ou na cidade vizinha de Fazenda Rio Grande, pra quem mora em BH tem contaminação em Ipatinga, Juiz de Fora, em resumo, em mais de 20 mil localidades. Mas vamos lá, a luta continua.

    Agora estou me envolvenfo numa OCUPAÇÂO numa área rural e apoio a outra ação direta forte. REMEMBER 5th NOVENMER - OPERAÇÃO V DE VINGANÇA - 5 DE NOVEMBRO - BRASILIA -DF, sob a batuta da MIDIA ANARQUISTA, aguardem.








    ÓDIO MAIS VISCERAL QUE NUNCA
    Ó NOIS AÍ TRA VEZ

    Estive um pouco foram de circulação, mas ainda não morri, embora isso não demore a acontecer.

    Primeiro eram as horas, fizeram-se dias, alongaram-se por semanas e - mais uma vez - um mx de saúde abalada, ameaçar de repressão e risco de prisão depois de uma ação nossa contra o Governo Alckmin em apoio às populações vítimas de áreas contaminadas, no dia 06 de outubro (PREMIO CONTAMINA SP) em que ficamos NA MÃO e sem contar com um mínimo decente de companheiros e companheiras.

    Embora tivessem confirmado presença parece que gostam mais do cyber ativismo desa porra de facebook, querreiros só na internet. Cheguei até pensar que o melhor seria ter morrido mesmo ou que a alternativa seria o exilio voluntário, mas não, dizem que ERVA DANINHA é ruim de morrer, mas até quando.

    Vi mais de 300 mil pessoas se solidarizando contra a violência contra cachorros, causa que apoio, mas não entendo porque esse mesmo numero de pessoas nada faz em favor de mais de 5 milhões de pobres e miseráveis que vivem em áreas contaminadas por indústrias, governantes corruptos e filhos da puta de toda ordem desse sistema macabro.Pra quem mora em São Paulo, bem mais perto que São Roque, em Carapicuíba mesmo.

    Pra quem mora em Curitiba, no bairro da Caximba ou na cidade vizinha de Fazenda Rio Grande, pra quem mora em BH tem contaminação em Ipatinga, Juiz de Fora, em resumo, em mais de 20 mil localidades. Mas vamos lá, a luta continua.

    Agora estou me envolvenfo numa OCUPAÇÂO numa área rural e apoio a outra ação direta forte. REMEMBER 5th NOVENMER - OPERAÇÃO V DE VINGANÇA - 5 DE NOVEMBRO - BRASILIA -DF, sob a batuta da MIDIA ANARQUISTA, aguardem.
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