quinta-feira, 28 de março de 2013

Reforma poltica já -sem financiamento publico de campanha e doações de empresas(publicas e privadas)-os partidos que se virem para doações de pessoas fisicas

Enquanto eles estão armando para pagarmos as campanhas dos partidos políticos no Brasil, desviam o foco com o Feliciano que foi transformado em demônio pelos esquerdopatas esquizofrênicos que desviam o foco do principal assunto, corrupção, punição dos mensaleiros, apoio a corruptos Renan,Henrique Alves vices do Senado e Câmara corruptos, fichas sujas,Mensaleiros Genoino,João Paulo e corrupto procurado pela Interpol Maluf na CCJ (a mais importante da Câmara) Chalita que roubou dinheiro da merenda escolar na Comissão de Educação e Blairo Maggi no Meio Ambiente.
Os militontos, idiotas úteis com apoio de toda a mídia impressa,televisiva,auditiva e nas redes sociais desviam toda a atenção para os fatos importantes. Não caiam em conto do vigário, fiquem sempre alerta e atentos a tudo não seja mais um usado como massa de manobra destes pilantras, criminosos que estão no poder.
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Lula diz que financiamento privado de campanha deve ser ‘crime inafiançável’. E o mensalão?!


No Fórum Novos Desafios da Sociedade, promovido pelo jornal Valor Econômico, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não apenas defendeu o financiamento público de campanha numa possível reforma política: decretou que “se deveria tornar crime inafiançável o financiamento privado”.

Estranhamente, ninguém na platéia ou na imprensa que noticiou o fato apenas como uma inofensiva opinião perguntou na lata ao ex-presidente se caixa 2, mensalão e dinheiro do BMG, empréstimo fajuto do Banco do Brasil etc etc se encaixam na categoria “financiamento privado”, e se Dirceu, Genoíno, João Paulo Cunha et caterva devem ir para cadeia sem poder pagar fiança.

De acordo com Lula, fazer uma reforma política agora seria difícil porque aqueles que estão no Congresso querem manter o statu quo (Lula não deve ter acertado a declinação latina, mas a Folha, que sempre corrige os erros de concordância do presidente, poderia ser informada de que o correto é “statu quo“, e não “status“).

Estranhamente, o mesmo Congresso com maioria da base petista/aliada (de Genoíno e Cunha a Maluf, Sarney, Feliciano e afins). Mais estranhamente ainda, o mesmo Congresso que recebia mensalada para votar a favor de projetos do Executivo central quando Lula era presidente, no maior atentado à democracia e separação dos poderes já visto no Brasil democrático (mas, claro, Lula não sabia de nada).

A própria idéia de “financiamento público” deveria ser explicada criticamente pela imprensa. As campanhas políticas brasileiras são inacreditavelmente caras até para um país com Estado dominando 40% da economia e famoso pela corrupção. Gasta-se milhões de reais para cargos que não pagarão 10% do que é torrando em campanha. Ao contrário do imaginário popular, não é meramente uma luta por dinheiro, e sim por poder político.

Para evitar um desgaste enorme juntando dinheiro de empresários e doações vultosas, fora o óbvio problema político que Lula conhece bem de, abusando do eufemismo, “troca de favores” entre o poder político e os donos da grana, os políticos pensam no óbvio: ao invés de ter de cooptar o poder econômico, incluindo grandes empreiteiras, bancos e empresas de gosto duvidoso, por que não legalizar logo tal captação?

Melhor, torná-la compulsória. O “financiamento público” nada mais é do que trocar uma doação voluntária (“dê-me uns trocados por que tenho um bom projeto” ou “porque posso te favorecer se ganhar as eleições”) por um sistema obrigatório: quem tem dinheiro, seja o Eike Batista ou quem consegue pagar por um bem de consumo, paga imposto e parte dessa bolada vai para partidos políticos financiarem suas campanhas caríssimas e conseguirem poder, incluindo aqueles partidos nos quais a pessoa que paga à força o financiamento não votaria nem sob tortura, preferindo se mudar de país a viver sob o jugo de tais mandatários.

Ora, é estranho que o tal “presidente mais popular da história” não tenha um projeto convincente o suficiente para conseguir financiar sua campanha (aliás, a campanha que finalmente lhe fez deixar de ser um perdedor compulsório foi um dos primeiros germes do mensalão). Por que precisaria ele, logo Ele, com seus 88% de aprovação, só conseguir dinheiro forçando a população a pagar por isso? Por que alguém, incluindo os mais de 10% da população que não votam (mais de 20 milhões de gentes), deveria pagar à força para favorecer projetos políticos de pessoas que só lhes enche de nojo?

Como se não bastasse essa carrada de contradições, o ex-presidente Lula não deixou de alegrar quem busca uma piada fácil com seus discursos perdigotados.

Segundo a Folha, Lula também defendeu o fortalecimento dos partidos políticos e criticou as “legendas de aluguel”, que existem “só para vender espaço na TV e fazer negociata no Congresso”. ”Partido tem de ser representativo de uma parte da sociedade”, disse.

É claro que nosso ex-presidente não é exatamente um gênio da matemática, da economia, da ciência política ou sequer do Paint Brush. Se o Congresso quer “manter o statu quo” e por isso não aceitaria a sua reforma política, como supor que essa reforma modificaria o statu quo? Não haveria um fundo “público” (ou seja, dinheiro de todo mundo) que deveria ser distribuído às legendas conforme seus assentos no Congresso? E tal distribuição de butim não seria uma manutenção para os fortes continuarem fortes, e os fracos continuarem fracos?

Quem cuidaria de “redistribuir” o fundo “público” para diminuir a “desigualdade”, que mantém os poderosos ganhando mais dinheiro do cidadão brasileiro e as novas forças que podem surgir eternamente impedidas de concorrer com quem já conseguiu seus contratos com Odebrecht, OGX, Delta e domina os fundos da Petrobras? Que partido político seria mais favorecido com isso, podendo se livrar de precisar de novos “mensalões”, e podendo operar na preguiça de explicar para as pessoas por que merece receber alguns milhões para seu projeto de poder.

Acaso ele não “representa uma parte da sociedade”, ou só aquela parte de empreiteiras com conchavos esquisitos com o governo e que pagam milhões a Dirceu e Cachoeira para prestarem serviço de “consultoria” de como conseguir contrato com o governo?

Curiosamente, fez um elogio ao sempre alvo FHC, logo após uma patacoada dessas, dizendo que sua eleição foi um ”avanço para a democracia do país”. E ressaltou a importância da alternância no “setor da sociedade” que está no governo. Petistas, vocês ouviram o que seu líder tem a dizer para as próximas eleições.

Não faltou um elogio tardio ao FMI, que tanto criticou, aproveitando-se do desconhecimento do brasileiro: ”o FMI não representa hoje para crise europeia o que representou para a brasileira e mexicana. Nas crises dos Estados Unidos e da Europa desapareceu o FMI”. Lula se reelegeu fazendo uma maracutaia que custou cerca de US$ 12 bilhões aos brasileiros para “quitar a dívida com o FMI”. Sem falar no fato de que a dívida com o FMI era de 4% ao ano – Lula “quitou” a dívida externa aumentando descalabrosamente a dívida interna, com juros bancários de 8% até 12,75% ao ano. O Tesouro continua pagando juros de 13% da dívida interna. Contando os juros compostos, é estarrecedor ao ponto de querer dar um tiro nos próprios miolos saber o que significou a eleição de 2006 de Lula.

Para se ter uma idéia, se em janeiro de 1995 a dívida interna era de 62 bilhões, em janeiro de 2003, quando Lula foi empossado, a dívida estava em R$ 687 bilhões. Com Lula, ela atinge R$ 1,6 trilhão em dezembro de 2008 (ou R$ 1,9 trilhão, se computados os títulos em poder do Banco Central e as dívidas das estatais) – aumento de 60% em três anos. Este é o custo da ação governamental de “quitação” (ou balanceamento) da dívida externa. Os gastos do governo até 2008 com juros e amortizações da dívida pública foram de 30,57% do orçamento (R$ 282 bilhões),

Lula hoje sabe que o FMI faria um trabalho muito mais sensato (e inacreditavelmente mais barato) do que o descalabro que fez com o dinheiro do brasileiro. E pode afirmar isso sem ser questionado por jornalistas que pouco ou nada entendem do assunto. E ser aplaudido pelos seus próprios eleitores. Na prática, apenas confessa que está se lixando para o dinheiro do brasileiro, desde que seja eleito. Com “financiamento público” ou com slogans vazios de significado sobre “quitar a dívida com o FMI”.

Melhor não tentar imaginar o que Lula faria com os EUA, mas que tal deixar as explicações sobre a crise para quem a previu antes de todos, quando ainda acreditavam que investir em empresas com conchavos com o governo (mais ou menos o que os brasileiros fazem com a Petrobras hoje, criando a única petrolífera do mundo que dá prejuízo – nunca antes na história desse Universo), e escreveu muito sobre as soluções antes mesmo de o problema se tornar público?

Sobre a ONU, Lula também pediu um poder global concentrado nas mãos de seus cupinchas: criticou a falta de uma “governança global” capaz de responder aos desafios atuais e tascou: ”A ONU não representa hoje o mundo do século 21. Está superada no tempo e no espaço. Não se explica hoje a falta de [representação de] países da América Latina ou Índia”. Não sabia que esses países não tinham assento na ONU.

Mas a melhor piada coroando o bolo cerejosamente após pedir a definição de “crime inafiançável” para o que fizeram os mensaleiros foi dizer que as pessoas devem ter “cuidado” com aqueles que usam o combate à corrupção como bandeira de campanha. “[Elas] podem ser piores que quem está acusando.”

Você sabe disso melhor do que ninguém, não é, sr. Lula?!

fonte: http://www.implicante.org/blog/lula-diz-que-financiamento-privado-de-campanha-deve-ser-crime-inafiancavel-e-o-mensalao/?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

O QUE É O MARXISMO CULTURAL?

Por Olavo de Carvalho O Globo, 8 de junho de 2002



Segundo o marxismo clássico, os proletários eram inimigos naturais do capitalismo. Lênin acrescentou a isso a idéia de que o imperialismo era fruto da luta capitalista para a conquista de novos mercados. Conclusão inevitável: os proletários eram também inimigos do imperialismo e se recusariam a servi-lo num conflito imperialista generalizado. Mais apegados a seus interesses de classe que aos de seus patrões imperialistas, fugiriam ao recrutamento ou usariam de suas armas para derrubar o capitalismo em vez de lutar contra seus companheiros proletários das nações vizinhas.
Em 1914, esse silogismo parecia a todos os intelectuais marxistas coisa líquida e certa. Qual não foi sua surpresa, portanto, quando o proletariado aderiu à pregação patriótica, alistando-se em massa e lutando bravamente nos campos de batalha pelos “interesses imperialistas”!

O estupor geral encontrou um breve alívio no sucesso bolchevique de 1917, mas logo em seguida veio a se agravar em pânico e depressão quando, em vez de se expandir para os países capitalistas desenvolvidos, como o previam os manuais, a revolução foi sufocada pela hostilidade geral do proletariado.
Diante de fatos de tal magnitude, um cérebro normal pensaria, desde logo, em corrigir a teoria. Talvez os interesses do proletariado não fossem tão antagônicos aos dos capitalistas quanto Marx e Lênin diziam. 





































Mas um cérebro marxista nunca é normal. O filósofo húngaro Gyorgy Lukacs, por exemplo, achava a coisa mais natural do mundo repartir sua mulher com algum interessado. Pensando com essa cabeça, chegou à conclusão de que quem estava errado não era a teoria: eram os proletários. Esses idiotas não sabiam enxergar seus “interesses reais” e serviam alegremente a seus inimigos. Estavam doidos. Normal era Gyorgy Lukács. Cabia a este, portanto, a alta missão de descobrir quem havia produzido a insanidade proletária. Hábil detetive, logo descobriu o culpado: era a cultura ocidental. A mistura de profetismo judaico-cristão, direito romano e filosofia grega era uma poção infernal fabricada pelos burgueses para iludir os proletários. Levado ao desespero por tão angustiante descoberta, o filósofo exclamou: “Quem nos salvará da cultura ocidental?”




A resposta não demorou a surgir. Felix Weil, outra cabeça notável, achava muito lógico usar o dinheiro que seu pai acumulara no comércio de cereais como um instrumento para destruir, junto com sua própria fortuna doméstica, a de todos os demais burgueses. Com esse dinheiro ele fundou o que veio a se chamar “Escola de Frankfurt”: um “think tank” marxista que, abandonando as ilusões de um levante universal dos proletários, passou a dedicar-se ao único empreendimento viável que restava: destruir a cultura ocidental. Na Itália, o fundador do Partido Comunista, Antônio Gramsci, fôra levado a conclusão semelhante ao ver o operiado trair o internacionalismo revolucionário, aderindo em massa à variante ultranacionalista de socialismo inventada pelo renegado Benito Mussolini. Na verdade os próprios soviéticos já não acreditavam mais em proletariado: Stálin recomendava que os partidos comunistas ocidentais recrutassem, antes de tudo, milionários, intelectuais e celebridades do “show business”. Desmentido pelos fatos, o marxismo iria à forra por meio da auto-inversão: em vez de transformar a condição social para mudar as mentalidades, iria mudar as mentalidades para transformar a condição social. Foi a primeira teoria do mundo que professou demonstrar sua veracidade pela prova do contrário do que dizia.








Os instrumentos para isso foram logo aparecendo. Gramsci descobriu a “revolução cultural”, que reformaria o “senso comum” da humanidade, levando-a a enxergar no martírio dos santos católicos uma sórdida manobra publicitária capitalista, e faria dos intelectuais, em vez dos proletários, a classe revolucionária eleita. Já os homens de Frankfurt, especialmente Horkheimer, Adorno e Marcuse, tiveram a idéia de misturar Freud e Marx, concluindo que a cultura ocidental era uma doença, que todo mundo educado nela sofria de “personalidade autoritária”, que a população ocidental deveria ser reduzida à condição de paciente de hospício e submetida a uma “psicoterapia coletiva”.

Estava portanto inaugurada, depois do marxismo clássico, do marxismo soviético e do marxismo revisionista de Eduard Bernstein (o primeiro tucano), a quarta modalidade de marxismo: o marxismo cultural. Como não falava em revolução proletária nem pregava abertamente nenhuma truculência, a nova escola foi bem aceita nos meios encarregados de defender a cultura ocidental que ela professava destruir. 


Expulsos da Alemanha pela concorrência desleal do nazismo, os frankfurtianos encontraram nos EUA a atmosfera de liberdade ideal para a destruição da sociedade que os acolhera. Empenharam-se então em demonstrar que a democracia para a qual fugiram era igualzinha ao fascismo que os pusera em fuga. Denominaram sua filosofia de “teoria crítica” porque se abstinha de propor qualquer remédio para os males do mundo e buscava apenas destruir: destruir a cultura, destruir a confiança entre as pessoas e os grupos, destruir a fé religiosa, destruir a linguagem, destruir a capacidade lógica, espalhar por toda parte uma atmosfera de suspeita, confusão e ódio. Uma vez atingido esse objetivo, alegavam que a suspeita, a confusão e o ódio eram a prova da maldade do capitalismo.


Da França, a escola recebeu a ajuda inestimável do método “desconstrucionista”, um charlatanismo acadêmico que permite impugnar todos os produtos da inteligência humana como truques maldosos com que os machos brancos oprimem mulheres, negros, gays e tutti quanti, incluindo animais domésticos e plantas. 
A contribuição local americana foi a invenção da ditadura lingüística do “politicamente correto”.

Em poucas décadas, o marxismo cultural tornou-se a influência predominante nas universidades, na mídia, no show business e nos meios editoriais do Ocidente. Seus dogmas macabros, vindo sem o rótulo de “marxismo”, são imbecilmente aceitos como valores culturais supra-ideológicos pelas classes empresariais e eclesiásticas cuja destruição é o seu único e incontornável objetivo. Dificilmente se encontrará hoje um romance, um filme, uma peça de teatro, um livro didático onde as crenças do marxismo cultural, no mais das vezes não reconhecidas como tais, não estejam presentes com toda a virulência do seu conteúdo calunioso e perverso.


Partido dos Trabalhadores alemães fundado por Hitler.

Tão vasta foi a propagação dessa influência, que por toda parte a ideia antiga de tolerância já se converteu na “tolerância libertadora” proposta por Marcuse: “Toda a tolerância para com a esquerda, nenhuma para com a direita”. Aí aqueles que vetam e boicotam a difusão de idéias que os desagradam não sentem estar praticando censura: acham-se primores de tolerância democrática.
Por meio do marxismo cultural, toda a cultura transformou-se numa máquina de guerra contra si mesma, não sobrando espaço para mais nada.







31 DE MARÇO DE 1964 O DIA QUE O BRASIL NÃO VIROU CUBA!





O tipico comunista




Lulla e seu sócio no tráfico e outros crimes: Com colares de Coca na dia da inauguração de uma estrada para transporte de cocaína para o Brasil (mundo) e ainda financiada pelo BNDS.   
                                                                                                                                             


fonte: http://cinenegocioseimoveis.blogspot.com.br/2013/03/do-marxismo-cultural-por-olavo-de_28.html

O feirão da Petrobras -Corrupção dos comunistas do foro de São Paulo -crime de lesa pátria -Impeachment da Dilma Já!!!


Documentos da estatal revelam os bastidores da venda de patrimônio no exterior – como a sociedade secreta na Argentina com um amigo da presidente Cristina Kirchner

DIEGO ESCOSTEGUY, COM MURILO RAMOS, LEANDRO LOYOLA, MARCELO ROCHA E FLÁVIA TAVARES



Na quarta-feira, dia 27 de março, o executivo Carlos Fabián, do grupo argentino Indalo, esteve no 22o andar da sede da Petrobras, no Rio de Janeiro, para fechar o negócio de sua vida. É lá que funciona a Gerência de Novos Negócios da Petrobras, a unidade que promove o maior feirão da história da estatal – e talvez do país. Sem dinheiro em caixa, a Petrobras resolveu vender grande parte de seu patrimônio no exterior, que inclui de tudo: refinarias, poços de petróleo, equipamentos, participações em empresas, postos de combustível. Com o feirão, chamado no jargão da empresa de “plano de desinvestimentos”, a Petrobras espera arrecadar cerca de US$ 10 bilhões. De tão estratégica, a Gerência de Novos Negócios reporta-se diretamente à presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela acompanha detidamente cada oferta do feirão. Nenhuma causou tanta polêmica dentro da Petrobras quanto a que o executivo Fabián viria a fechar em sua visita sigilosa ao Rio: a venda de metade do que a estatal tem na PetrobrasArgentina, a Pesa. ÉPOCA teve acesso, com exclusividade, ao acordo confidencial fechado entre as duas partes, há um mês. Nele, prevê-se que a Indalo pagará US$ 900 milhões por 50% das ações que a Petrobras detém na Pesa. Apesar do nome, a Petrobras não é a única dona da Pesa: 33% das ações dela são públicas, negociadas nas Bolsas de Buenos Aires e de Nova York. A Indalo se tornará dona de 33% da Pesa, será sócia da Petrobras no negócio e, segundo o acordo, ainda comprará, por US$ 238 milhões, todas as refinarias, distribuidoras e unidades de petroquímica operadas pela estatal brasileira – em resumo, tudo o que a Petrobras tem de mais valioso na Argentina.
EMPRESÁRIO “K” Cristóbal López (sorrindo, à esq.), num cassino com os Kirchners (Cristina de vermelho, Néstor de gravata lilás). Amizade com o poder (Foto: Juan Cruz Sanz )
O negócio provocou rebuliço dentro da Petrobras por três motivos: o valor e o momento da venda, a identidade do novo sócio e, sobretudo, o tortuoso modo como ele entrou na jogada. Não se trata de uma preocupação irrelevante – a Petrobras investiu muito na Argentina nos últimos dez anos. Metade do petróleo produzido pela Petrobras no exterior vem de lá. Em 2002, a estatal brasileira gastou US$ 1,1 bilhão e assumiu uma dívida estimada em US$ 2 bilhões, para comprar 58% da Perez Companc, então a maior empresa privada de petróleo da Argentina, que já tinha ações negociadas na Bolsa. Após sucessivos investimentos, a Perez Companc passou a se chamar Pesa, e a Petrobras tornou-se dona de 67% da empresa. Nos anos seguintes, a Petrobras continuou investindo maciçamente na Pesa: ao menos US$ 2,1 bilhões até 2009. Valeu a pena. A Pesa atua na exploração, no refino, na distribuição de petróleo e gás e também na área petroquímica. Tem refinarias, gasodutos, centenas de postos de combustível. Em maio de 2011, a Argentina anunciou ter descoberto a terceira maior reserva mundial de xisto – fonte de energia em forma de óleo e gás –, estimada em 23 bilhões de barris, equivalentes à metade do petróleo do pré-sal brasileiro. A Pesa tem 17% das áreas na Argentina onde se identificou esse produto. No ano passado, por fim, a Pesa adquiriu uma petroleira argentina, a Entre Lomos, que proporcionou um aumento em sua produção.

Apesar dos investimentos da Petrobras, quando a economia da Argentina entrou em declínio, há cerca de dois anos, as ações da Pesa desvalorizaram. As desastrosas políticas intervencionistas da presidente Cristina Kirchner contribuíram para a perda de valor da Pesa. De 2011 para cá, as ações da empresa caíram mais de 60%. É por isso que técnicos da Petrobras envolvidos na operação questionam se agora é o melhor momento para fazer negócio – por mais que a Petrobras precise de dinheiro. Seria mais inteligente, dizem os técnicos, esperar que a Pesa recupere valor no mercado. Reservadamente, por medo de sofrer represálias, eles também afirmam que os bens da Petrobras na Argentina – as distribuidoras, refinarias e unidades de petroquímica que constituem a parte física do negócio – valem, ao menos, US$ 400 milhões. Um valor bem maior, portanto, que os US$ 238 milhões acordados com a Indalo. “Se o governo não intervier tanto, a Pesa pode valer muito mais”, diz um dos técnicos. A Petrobras, até dezembro do ano passado, tinha um discurso semelhante. Na última carta aos acionistas, a Pesa diz: “Estamos otimistas em relação ao futuro da Petrobras Argentina. E agora renovamos o compromisso de consolidar uma companhia lucrativa, competitiva e sustentável, comprometida com os interesses do país (Argentina)...”. Em outro trecho da carta, informa-se que os resultados do ano passado foram “encorajadores” e permitiram, como nos cinco anos anteriores, a distribuição de dividendos milionários aos acionistas.
a mensagem 775 petrobraS (Foto: reprodução Revista Época)
Mesmo que os valores do negócio pudessem ser considerados vantajosos para a Petrobras, nada provocou tanto desconforto dentro da estatal como o sócio escolhido. O executivo Fabián trabalha para o bilionário argentino Cristóbal López, dono do grupo Indalo. Ele é conhecido como “czar do jogo”, em virtude de seu vasto domínio no mundo dos cassinos (na Argentina, o jogo é legal). López é amigo e apoiador da presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Como o “czar do jogo” da Argentina virou sócio da Petrobras? No dia 5 de novembro do ano passado, López enviou uma carta, em espanhol, à presidente da Petrobras, Graça Foster. Na carta, a que ÉPOCA teve acesso, López revela ser um homem bem informado. Não se sabe como, mas ele descobrira que a Petrobras estava negociando a venda da Pesa com três de seus concorrentes. O assunto da carta, embora em economês, deixava claras as intenções do empresário López: “Ref. Pesa Proposta de aquisição e integração de ativos”. López, portanto, queria comprar um pedaço da Pesa. Na carta, ele manifestou a “firme intenção de chegar a um entendimento entre Pesa e Oíl Combustibles S.A.”, a empresa de petróleo de López, para que a operação viesse a ser fechada. No documento, López propôs comprar 25% das ações que a Petrobras detinha na Pesa. Queria também a opção de, se a parceria desse certo, comprar mais 23,52% das ações – uma proposta mais modesta do que o acordo que ele conseguiu depois.

A resposta da Petrobras também veio por escrito, semanas depois. No dia 21 de novembro, Ubiratan Clair, executivo de confiança de Graça Foster, que toca o feirão da Petrobras e negociava a venda da Pesa aos concorrentes do “czar do jogo”, escreveu a López: “Nos sentimos honrados pelo interesse manifestado na compra de 25% (da Pesa). No entanto, devemos indicar que as ações da Pesa não fazem parte de nossa carteira de desinvestimentos, razão pela qual não podemos iniciar qualquer negociação relativa às mesmas”. Diante do que aconteceu em seguida, a carta do assessor de Graça Foster causa espanto. Não só ele escondeu que a Pesa estava, sim, à venda – como, semanas depois, fechou acordo com o próprio López. No dia 18 de dezembro, menos de um mês após a inequívoca negativa, o mesmo assessor de Graça Foster firmou um “convênio de confidencialidade” com López para lhe vender a Pesa.

O que houve nesse espaço de um mês? Por que a Petrobras mudou de ideia e resolveu fechar negócio com López? A estatal não explica. Assessores envolvidos na operação dizem apenas que “veio a ordem” de fechar com o amigo de Cristina Kirchner. Procurada por ÉPOCA em três oportunidades, a assessoria da Petrobras limitou-se a responder que “não vai emitir comentários sobre assuntos relacionados com o seu Programa de Desinvestimento”. Graça Foster e o executivo Ubiratan não responderam às ligações. A assessoria de López confirmou apenas que o grupo Indalo fez uma proposta pela Pesa.

López é o que a imprensa argentina chama de “empresário K”, como são conhecidos os empresários que têm proximidade com o governo Kirchner. Ele tem empresas de transporte, construção civil, petróleo, alimentação, concessionárias e meios de comunicação. É famoso por suas redes de cassino e caça-níquel. É sócio em pelo menos 14 cassinos, incluindo o Hipódromo de Palermo, para o qual ganhou de Néstor Kirchner, nos últimos dias como presidente da Argentina, uma extensão da concessão para os caça-níqueis – o prazo foi estendido de 2017 a 2032.
ERRO Refinaria de Pasadena. Os técnicos da Petrobras aconselharam a fazer acordo. Foram ignorados (Foto: Dave Fehling/Stateimpact Texas)
A relação entre López e Néstor Kirchner, o marido de Cristina, que governou o país antes dela e morreu em 2010, começou em 1998. Néstor, quando governador de Santa Cruz, ajudou uma empresa de López a fechar negócios com petroleiras. Desde então, López nunca escondeu de ninguém: sentia que tinha uma “dívida eterna” com Néstor. Para pagar a “dívida eterna”, convidava Néstor, que sempre gostou de uma mesa de jogo, a se divertir num dos cassinos dele em Comodoro Rivadavia. A amizade era recíproca. Em 2006, López recebeu de Néstor concessão para explorar sete reservas de petróleo em Santa Cruz. Cristina, a sucessora, também o ajudou. Fez-lhe um favorzinho depois que ele gastou US$ 40 milhões na compra da concessão do canal de TV C5N, a fim de torná-lo governista. Para que fechasse o negócio, Cristina abriu exceções na lei de audiovisual, que proíbe negociar concessões.

Depois que a Petrobras fechou o acordo de confidencialidade com López, o negócio andou rápido. Ele apresentou uma proposta em 7 de janeiro, aumentou o valor numa segunda proposta, um mês depois – e fechou a compra das ações por US$ 900 milhões em 22 de fevereiro. Com o acordo, López e a Petrobras discutem agora os detalhes do contrato a ser assinado. Se tudo correr como previsto, resta apenas a aprovação do Conselho de Administração da Petrobras, que se reunirá no final de abril. A Pesa, porém, enfrentará resistências na Argentina se assinar o contrato. O atual governador de Santa Cruz, Daniel Peralta, um desafeto de López, ameaçou tirar dele as concessões das sete reservas de petróleo que López tem na região. Peralta diz que ele não fez os investimentos previstos. Diz, ainda, que a situação em Santa Cruz pode “inviabilizar” o negócio com a Petrobras – mas não diz como.

O maior problema do negócio da Petrobras com o “czar do jogo”, e com todas as operações do feirão, é a falta de transparência. Como demonstra o caso da Argentina, não há critérios claros para a escolha das empresas que farão negócio com a Petrobras. Esse modelo sigiloso e sem controle resultou em calamidades, como a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Em 2004, a Astra Trading pagou US$ 42 milhões pela refinaria. Meses depois, a Petrobras pagou US$ 360 milhões por metade do negócio. Tempos depois, um desentendimento entre as sócias levou a questão à Justiça. A Petrobras perdeu e foi condenada a comprar não só a parte da sócia, como a pagar multa, juros e indenização. Em junho, a Petrobras anunciou que pagaria mais US$ 820 milhões.

ÉPOCA teve acesso a um documento interno da Petrobras, elaborado em 2009. Um trecho afirma que a então diretoria, comandada pelo petista José Sergio Gabrielli, decidiu manter o processo devido à “prepotência” com que a Astra se colocava no caso. Logo depois, o documento lista razões para fazer um acordo. Uma delas é que um representante da Astra procurara a Petrobras em busca de entendimento. A razão mais forte era clara: “Caso no litígio a Petrobras perca, o custo total irá para cima de US$ 1 bilhão (...). Vale lembrar que a Petrobras já perdeu na arbitragem, e a possibilidade de perder na corte é preocupante”. A opção do acordo era a menos pior. A Petrobras gastaria, no máximo, US$ 639 milhões. O documento afirma que a (então) “ministra (de Minas e Energia) Dilma Rousseff deverá ser procurada para ser informada de que a Astra está procurando entendimentos, inicialmente por canais informais”. O texto diz que Dilma Rousseff deveria comunicar isso na reunião do Conselho da Petrobras, marcada para 17 de julho de 2009. O Conselho daria então um prazo para um acordo com a Astra. O pior cenário sobreveio. A Petrobras não fez nenhum acordo com a Astra, perdeu na Justiça e gastou mais de US$ 1 bilhão (boa parte dele dinheiro público) – 24 vezes o que a Astra pagou pela refinaria. O Tribunal de Contas da União investiga como a Petrobras pôde fazer um negócio tão ruim – pelo menos para seu caixa e para os cofres públicos.
TESOURO AFRICANO Plataforma de petróleo na Nigéria. A Petrobras investiu US$ 4 bilhões na África, entre 2003 e 2010, e pretende se desfazer de várias operações no continente (Foto: Dave Fehling/Stateimpact Texas)
A ausência de critério, segundo executivos da Petrobras, aparece também na parte mais valiosa do feirão: as operações da estatal na África. Cálculos do mercado e da Petrobras estimam o patrimônio no continente num patamar entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões. A Petrobras produz e explora petróleo em Angola, Benin, Gabão, Líbia, Namíbia, Nigéria e Tanzânia. De 2003 a 2010, investiu cerca de US$ 4 bilhões na África. ÉPOCA teve acesso a documentos internos da Petrobras que apresentam um diagnóstico sobre os negócios na África que devem ser vendidos, incluindo mapas com a localização dos poços e informações sobre seu potencial produtivo. O material mostra muitas possibilidades de lucro. A maior fatia de investimento está na Nigéria, responsável por 23% da produção atual de toda a área internacional da companhia – uma média equivalente a 55 mil barris de óleo por dia. São três poços na Nigéria: Agbami, Akpo e Engina. Os documentos da Petrobras mostram que os três poços têm “reservas provadas” de 150 milhões de barris de petróleo.

Para quem a Petrobras planeja vender tamanho tesouro? A estatal, de novo, não explica os critérios. Até agora, a única negociação avançada é com o grupo BTG, do banqueiro André Esteves. Por meio do investidor Hamylton Padilha, uma das mais poderosas influências na Petrobras, Esteves, segundo executivos da estatal envolvidos com a transação, negocia a compra de parte das operações na Nigéria. Questionado por ÉPOCA, Padilha afirmou ter se reunido com representantes do banco para avaliar investimentos na Petrobras. “Conversei com o pessoal (BTG) sobre esse assunto (venda de ativos da Petrobras). A Petrobras convidou diversas empresas estrangeiras para poder fazer ofertas no Golfo do México, África e até na América Latina. Sei que na área de petróleo eles (BTG) estão olhando. Têm participação em duas empresas ligadas ao setor: Bravante e Sete Brasil”, disse. “Não trabalho para o BTG. Sou investidor. Investi algum dinheiro na Sete Brasil (ligada à construção de plataformas de petróleo).” Indagado sobre quem é a pessoa mais indicada para falar, pelo BTG, sobre investimentos na Petrobras, sobretudo na África, Padilha disse: “A pessoa que trata desse assunto diretamente é o André Esteves”. O BTG disse que não se manifestaria.
fonte: http://revistaepoca.globo.com/tempo/noticia/2013/03/empresas-da-petrobras-vendidas-pela-metade-do-preco-um-amigo-de-cristina-kirchner.html

Reação do mercado à fala de Dilma gerou 'operação abafa'


O governo Dilma embarcou em uma frenética operação de "controle de estragos" poucos minutos após a fala da presidente sobre inflação, em entrevista durante a cúpula dos Brics.
Transmitida imediatamente pelos serviços de notícias em tempo real, a declaração da presidente fez os juros futuros despencarem.
Também pegou mal a frase "nas questões específicas sobre inflação, eu deixo para ser falado pelo ministro da Fazenda", vista como negativa em relação à autonomia do Banco Central.
O presidente do BC, Alexandre Tombini, foi acionado por Dilma. De Durban, ele ligou para a agência Broadcast no Brasil.
Segundo a agência, Tombini disse que a presidente pediu que o "mal entendido fosse desfeito e que não há tolerância em relação à inflação".
Pouco tempo depois, a presidente resolveu culpar a imprensa. O blog do Planalto divulgou post em que Dilma dizia: "Foi uma manipulação inadmissível de minha fala. O combate à inflação é um valor em si mesmo e permanente do meu governo".
Segundo o blog, Dilma resolveu se manifestar ao saber que o mercado financeiro estava "interpretando erroneamente seus comentários como expressão de leniência em relação à inflação".
Enquanto isso, em Durban, o Planalto também pôs em movimento sua operação "não disse o que disse".
Uma assessora da presidente foi ao centro de convenções com uma van para levar os jornalistas até o resort, a 40 quilômetros de distância, onde Dilma se reunia com Xi Jinping, o novo líder chinês.
Antes, os assessores haviam desencorajado a viagem, dizendo que a segurança não permitiria a cobertura e que eles iriam "ficar sentados no chão, do lado de fora da cancela, sem internet e sem ver nada".
Depois da turbulência, tudo mudou. Os jornalistas foram posicionados na frente da porta por onde Dilma sairia. A presidente, visivelmente irritada, reagiu à pergunta da TV Globo: "Presidente, a senhora quer esclarecer sua fala sobre a inflação?".
"A notícia que saiu é manipulada", disse Dilma. "Sou uma pessoa que até já escreveu que o combate a inflação é um valor em si; repudio a manipulação da fala."
As frases, no entanto, haviam sido ditas em entrevista gravada, depois distribuída pela própria assessoria de Dilma. Recado dado, a presidente prosseguiu, de cara amarrada, em direção ao aeroporto. (PATRÍCIA CAMPOS MELLO)
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
Juros futuros

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mercado/1253654-reacao-do-mercado-a-fala-de-dilma-gerou-operacao-abafa.shtml

SE A JUSTIÇA ELEITORAL FUNCIONASSE TERÍAMOS 11 GOVERNADORES ELEITOS NA ULTIMA ELEIÇÃO CASSADOS.



Dos governadores eleitos na última eleição, 11 serão julgados pelo TSE

“Dos 27 governadores eleitos em 2010, 12 tiveram pedidos de cassação encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Em sua maioria, os processos contra governadores se baseiam em acusações de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Esses crimes e suas respectivas punições estão previstos na Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90), podendo levar à cassação do diploma caso fique comprovada a prática. “
QUEM SÃO OS GOVERNADORES QUE PODEM PERDER SEUS MANDATOS?Vejam o listão.  Tem gente importante. 
“Os outros 11 processos de cassação são contra Tião Viana (PT-AC); Teotonio Vilela (PSDB-AL); Omar Aziz (PMN-AM); Cid Gomes (PSB-CE); Siqueira Campos (PSDB-TO); Wilson Martins (PSB-PI); Anchieta Junior (PSDB-RR); Antonio Anastasia (PSDB-MG); Roseana Sarney (PMDB-MA); André Puccinelli (PMDB-MS); e Sérgio Cabral (PMDB-RJ).
VEJAM A SITUAÇÃO ATUAL DE CADA PROCESSO DE PEDIDO DE CASSAÇÃO:
“Acre
No caso do processo contra o governador do Acre, Tião Viana, é o Ministério Público Eleitoral que pede a cassação de seu mandato sob a alegação de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. A relatora deste recurso é a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.
Alagoas
O recurso contra a expedição de diploma de Teotônio Vilela foi apresentado pela coligação adversária, que alega a prática de abuso de poder econômico, abuso de poder político e captação ilícita de sufrágio por parte do governador durante a campanha para as eleições. O relator é o ministro Arnaldo Versiani.
Amazonas
Omar Aziz é acusado pelo Ministério Público Eleitoral de abuso de poder econômico e político e por uso indevido dos meios de comunicação social. A relatora também é a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.
Ceará
No caso do governador Cid Gomes, a coligação adversária alega que ele teria utilizado indevidamente a propaganda institucional com o objetivo de promover sua candidatura. Também acusa o governador de abuso de poder econômico e político. O relator é o ministro Gilson Dipp.
Mato Grosso do Sul
André Puccinelli responde pela acusação de abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social. A autora do recurso é a coligação que apoiou o candidato adversário e quem relata o processo é a ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha.
Maranhão
Roseana Sarney é alvo de dois processos que pedem sua cassação. O primeiro foi apresentado pelo candidato a deputado estadual em 2010 pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB) José Maria da Silva Fontinele. Ele acusa a governadora de uso indevido dos meios de comunicação social para se reeleger. No segundo processo, Roseana é acusada por José Reinaldo, candidato ao Senado em 2010, de violar o Código Eleitoral e a Lei das Eleições por suposta compra de votos e fraude por meio de convênios firmados pelo Estado. O relator é o ministro Arnaldo Versiani.
Minas Gerais
O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, também é acusado de abuso de poder econômico durante a campanha das eleições. O autor do recurso é o candidato derrotado, Hélio Costa, que aponta irregularidades em convênios firmados pelo Estado de Minas Gerais. O relator é o ministro Gilson Dipp.
Piauí
O diretório estadual do PSDB apresentou o recurso contra Wilson Martins sob o argumento de que ele teria praticado compra de votos e uso de propaganda irregular em municípios piauienses na campanha ao governo. O governador é acusado de abuso de poder econômico e político. A relatora é a ministra Cármen Lúcia.
Rio de Janeiro
No caso de Sérgio Cabral, a acusação é de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante sua campanha à reeleição. O recurso foi proposto por Fernando Peregrino e também acusa Cabral de abuso de poder econômico, o que teria causado desequilíbrio na disputa com outros candidatos. O relator é o ministro Gilson Dipp.
Roraima
Neudo Campos, segundo colocado na disputa pelo governo, e sua coligação apresentaram o recurso contra a expedição de diploma de Anchieta Junior. O argumento é de uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder político e econômico. No caso, alegam que os veículos de comunicação ligados ao candidato à reeleição teriam sido utilizados para promover sua candidatura. O relator é o ministro Arnaldo Versiani. O Tribunal Regional Eleitoral de Roraima chegou a cassar o mandato de Anchieta Junior, decisão suspensa por medida liminar concedida pelo ministro Versiani.
Tocantins
O ex-governador do Tocantins Carlos Gaguim, o deputado federal Júnior Coimbra (PMDB) e o deputado estadual Eduardo do Dertins protocolaram no TSE recurso contra a expedição do diploma do governador Siqueira Campos. Os autores do recurso alegam que a eleição de 2010 no Estado foi ganha por meio do uso indevido de veículos de comunicação, da captação ilícita de sufrágio e da prática de conduta vedada por prefeitos da base aliada do tucano, atos que se traduzem em abuso de poder político e econômico.”

fontes: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/50-casos-de-quem-deve-ser-barrado-pela-ficha-limpa/

segunda-feira, 25 de março de 2013

Foi, foi, foi, foi ele: Lula ordenou ajuda ao Porto Açu de Eike



Partiu de Luiz Inácio Lula da Silva a ordem para que o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, ajudasse o empresário Eike Batista a conseguir investimentos para seu Porto do Açu, no Rio. Na sequência, Pimentel e o lobista de Eike, Amaury Pires, incumbiram o embaixador brasileiro em Cingapura, Luis Fernando Serra, da missão de trazer executivos do estaleiro Jurong ao Brasil, para uma conversa sobre o Porto do Açu. O investimento estava prometido ao Espírito Santo.

Os reacionários no Brasil de Lula e do PT por JOSÉ FUCS


Hoje, como nos tempos de Nelson Rodrigues, é preciso ter coragem para enfrentar as patrulhas ideológicas e repetir suas sábias palavras: "Sou um ex-covarde" JOSÉ FUCS


“Hoje, o sujeito prefere que lhe xinguem a mãe e não o chamem de reacionário”, disse Nelson Rodrigues numa de suas crônicas, à qual deu o título de O ex-covarde. Publicada em sua coluna no jornal “O Globo”, em 18 de outubro de 1968, a crônica do grande Nelson, na qual ele falava sobre a superação do medo que sentia de expressar publicamente suas ideias libertárias e anti-esquerdistas, é uma daquelas obras primas que sobrevivem ao tempo e ao contexto em que foram produzidas. Não fosse pela menção a alguns personagens da época, como o escritor e pensador católico Alceu Amoroso Lima (1893-1983), o líder chinês Mao Tsé Tung, o “Grande Timoneiro”, e Che Guevara, o “herói” da “Revolução Cubana”, ela poderia ser republicada hoje sem que ninguém pudesse desconfiar de que foi escrita 45 anos atrás. 


Hoje, como nos tempos de Nelson Rodrigues, é preciso ter coragem para enfrentar as patrulhas ideológicas e repetir suas sábias palavras: "Sou um ex-covarde"


No Brasil atual, como nos tempos de Nelson Rodrigues, é preciso ser de esquerda ou pelo menos parecer de esquerda, para não se tornar alvo do escárnio das “patrulhas ideológicas”. Não importa se você é da situação ou da oposição, se é rico ou pobre, doutor ou analfabeto. Pode ser empresário da Fiesp, a entidade que reúne os industriais paulistas, banqueiro de terno escuro, coronel do Nordeste, artista, intelectual, jornalista e até “rato de praia” da zona sul carioca. Ninguém quer ser chamado de “reacionário”, “de direita”, “conservador”, “liberal” ou “neoliberal” – as palavras de baixo calão que designam hoje no país o ser “abominável” capaz de acreditar que “a liberdade é mais importante do que o pão”, como dizia Nelson Rodrigues. “Por medo das esquerdas, grã finas e milionários fazem poses socialistas”, escreveu ele em sua crônica – um fenômeno que continua acontecer no Brasil, em pleno século XXI. Poucos, muito poucos, têm a coragem que ele teve de manter suas convicções e enfrentar o ímpeto difamatório da tropa de choque da gauche. Caberiam numa Kombi.
Embora o Muro de Berlim tenha caído em 1989 e a União Soviética se desintegrado em 1991, a impressão que se tem no Brasil hoje é de que ainda estamos em plena Guerra Fria. Experimente, por exemplo, defender abertamente o capitalismo numa mesa de bar na Vila Madalena, em São Paulo, ou no Baixo Leblon, no Rio. Ou, se preferir, diga que a Cuba de Fidel Castro é uma ditadura que não respeita os direitos humanos. Ou, então, tente defender abertamente os Estados Unidos, considerado o satã mundial pela esquerda tupiniquim. Os “patrulheiros” de plantão provavelmente vão ridicularizá-lo em praça pública, como fazia o regime de Mao, durante a Revolução Cultural, nos anos 1960.
A diferença dos tempos de Nelson Rodrigues é que, na época de Nelson, Lula e o PT ainda não existiam e eram os comunistas de tonalidades variadas que formavam as milícias ideológicas. Hoje, no Brasil, o patrulhamento parte, com frequencia, do próprio governo, que divide a sociedade entre “nós” – a situação -, os defensores dos pobres e oprimidos, e “eles” – a oposição -, os representantes das elites, “que não aceitam a ascensão de um líder popular como Lula”.
No Brasil dominado pelo PT e por seus simpatizantes, o maniqueísmo ideológico transformou-se em política de Estado. Quem ousa dizer que Lula deveria ser investigado por sua participação no mensalão e defende abertamente a condenação dos mensaleiros petistas pelo Supremo Tribunal Federal, por compra de votos no Congresso Nacional e desvio de dinheiro público, é tratado como inimigo público pela turma de Brasília, pelos dirigentes do PT e pela “guarda revolucionária”, que se multiplica pelas redes sociais.
Muitas vezes, como ocorreu com a blogueira cubana Yoani Sánchez, impedida pelos fundamentalistas de esquerda de realizar palestras e noites de autógrafos de seu livro no país, os patrulheiros reagem com truculência. Com frequencia, disparam campanhas difamatórias pela internet, por meio de ONGs obscuras financiadas com recursos públicos ou, nas palavras do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, com “o seu o meu, o nosso” dinheirinho. Se alguém tiver alguma pretensão política e não rezar pela cartilha da esquerda, será carimbado como “inimigo do povo” e dificilmente conseguirá se livrar do rótulo incômodo, por mais que ele tenha pouco ou nada a ver com a realidade. De toda forma, o que é ser “inimigo do povo”? Não foi o capitalismo, afinal, o regime que permitiu o maior desenvolvimento da história às sociedades que o adotaram?
Diante desse patrulhamento obsoleto e inaceitável, ressuscitado com aval oficial,
talvez seja o caso de todos os que se sentem incomodados por esse ímpeto difamatório deixarem o medo para trás e repetirem, para si mesmos, as sábias palavras de Nelson Rodrigues: “Sou um ex-covarde”. “Para mim, é de um ridículo abjeto ter medo das Esquerdas, ou do Poder Jovem, ou do Poder Velho, ou de Mao Tsé-Tung, ou de Guevara. (...) Para ter coragem, precisei sofrer muito. Mas a tenho”, disse ele, ao fechar sua crônica imortal.